O ano que passou foi, para a Alfa Romeo, ano de lançamento de dois novos modelos estratégicos, o sedan Giulia e o SUV Stelvio, a par de uma aposta mais forte tanto no mercado norte-americano, como no chinês. Mas nem assim a Alfa Romeo conseguiu sair do vermelho e regressar aos lucros. Reconheceu-o já o CEO da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), num encontro com analistas, onde Sergio Marchionne revelou que “as perdas estão a diminuir”, mas a marca de Arese “precisa de mais volume” para ser lucrativa.
Abordando os resultados do último trimestre de 2017, Marchionne reconheceu, assim, que a Alfa Romeo continua a dar prejuízos, não avançando sequer uma data a partir da qual acredite que esse cenário possa vir a alterar-se.
O director financeiro da FCA, Richard Palmer, havia previsto que a Alfa regressasse aos lucros já no final de 2017. Algo que, sabe-se agora, não aconteceu.
Ainda assim, o Giulia e o Stelvio vieram dinamizar as vendas da marca italiana, com os dados da JATO Dynamics a apontarem para um total de 118 mil unidades vendidas em 2017, contra as 71 mil registadas em 2016. A FCA não revela números oficiais mas, de acordo com a união de sindicatos Fim-Cisol, a produção também aumentou, de 93.117 viaturas (2016) para 150.722 (2017).
As promessas que têm vindo a ser revistas
Em 2014, Marchionne deu a conhecer um plano de expansão para a Alfa Romeo, que passava por atingir as 400 mil unidades vendidas, em 2018, graças a um portefólio com oito modelos. Dois anos depois, em 2016, os responsáveis da marca anunciavam o abandono do objectivo definido em termos de volume de vendas, e adiavam para meados de 2020 o dead-line para a concretização da gama de oito modelos.
Ainda assim, em Abril último, Palmer garantia que a Alfa Romeo seria rentável no último trimestre de 2017, ao mesmo tempo que o seu patrão, Sergio Marchionne, mostrava-se um pouco mais comedido e afirmava que a marca seria lucrativa, mas só em 2018.