O piloto russo que se ejetou de um avião atingindo pelas forças jihadistas sírias, enquanto sobrevoava a província de Idlib, ter-se-á feito explodir para evitar ser capturado, refere a BBC, de acordo com informações avançadas pelos meios de comunicação da Rússia. Roman Filipov, que seguia a bordo de um Sukhoi-25, terá detonado uma granada enquanto saltava da aeronave. As suas últimas palavras terão sido: “Isto é por vocês”, dirigindo-se aos colegas.

As informações inicialmente avançadas referiam que Filipov teria sido morto depois de ter saltado do avião e resistido à ordem de captura dada por um grupo de combatentes com ligações à Al Qaeda. De acordo com o Ministério da Defesa russo, citado por agências noticiosas russas, o piloto anunciou “que se tinha ejetado na zona, sob controlo dos combatentes da Frente al-Nosra”, tendo sido posteriormente “morto em combates contra os terroristas”.

O ministério adiantou ainda que, “segundo as primeiras informações, o avião foi abatido por um sistema de mísseis antiaéreos portátil”. Horas mais tarde, o Governo russo anunciou que as suas forças mataram mais de 30 militantes na área onde o avião foi abatido. Ainda segundo o ministro da Defesa, terão sido usadas armas de elevada precisão que permitem atingir o alvo, minimizando danos colaterais. O ministério adianta que “segundo as primeiras informações, o avião foi abatido por um sistema de mísseis antiaéreos portátil”.

O Observatório dos Direitos Humanos da Síria, com base em Londres, também indicou este domingo que o piloto russo estava morto. O diretor do organismo, Rami Abdel Rahmane, adiantou que este tinha conseguido saltar de paraquedas e que, apesar de ter tentado recorrer à sua arma, teria sido capturado e abatido.

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Ainda segundo o mesmo organismo, o avião foi abatido no sábado à tarde (hora local) na província de Idilb controlada pelos rebeldes e onde os exército sírio tem tentado reconquistar com o apoio aéreo dos caças russos. A Rússia é o mais importante aliado internacional do regime de Bashar Assad. Hayat Tahrir al-Sham, antigo membro da Al-Qaeda, confirmou ter atacado a aeronave, de acordo com a BBC

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um cadáver com o rosto coberto de sangue, rodeado de homens de barba armados. Um dos homens grita: “Ele é russo”. As agências internacionais não conseguiram para já confirmar a autenticidade das imagens, mas elas correspondem ao relato feito por fontes sírias.

Artigo atualizado às 13h27 de 5/2