Carlos Silva informou esta manhã os autos da Operação Fizz de que já pediu autorização ao procurador-geral de Angola para prestar declarações como testemunha no julgamento da Operação Fizz. Como a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola diz não ter condições para realizar videoconferências, o presidente do Banco Atlântico Europa manifestou disponibilidade para prestar tais declarações a partir da sua própria casa via videoconferência ou via Skype. Para tal, solicitou à PGR de Angola que se faça representar nessa futura diligência.

“Carlos José da Silva vem muito respeitosamente informar que requereu ao senhor procurador-geral da República de Angola, sr. dr. Hélder Fernando Pitta Grós, autorização para prestação das suas declarações por videconferência ou Skype a partir das instalações da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola ou, na eventualidade de não existirem meios logísticos e técnnicos necessários para o efeito, a partir da sua residência pessoal, já indicada nos autos (…), tendo solicitado, neste caso, a presença de um representante indiciado pela PGR de Angola”, lê-se no requerimento enviado para os autos da Operação Fizz a que o Observador teve acesso.

Este requerimento vem no seguimento de uma informação da PGR de Angola de que não tem condições técnológicas para proceder à realização de testemunhos via videoconferência. De acordo com um despacho da PGR de Angola citado pelo jornal i, a videoconferência que foi solicitada pela Justiça portuguesa “não pôde ser realizada por inexistência não só de regras processuais aplicáveis sobre matéria no ordenamento jurídico angolano como também pelo facto de os próprios tribunais ainda não disporem de ferramentas adequadas para o efeito”.

O Ministério Público e as defesas dos arguidos da Operação Fizz que estão a ser julgados vão ter de se pronunciar sobre este pedido de Carlos Silva, de forma a que o coletivo de juízes que preside ao juglamento tome uma decisão final sobre a prestação de depoimento do banqueiro angolano.

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