A gigante russa Gazprom anunciou esta quinta-feira que suspendeu o fornecimento de gás à Ucrânia e a distribuição a outros países europeus através deste país, forçando as autoridades ucranianas a fecharem as instituições de ensino.
“Decidimos parar completamente o trabalho nas instituições educativas pré-escolares, escolas e instituições de educação superior até dia 6 de março”, disse o ministro da Energia, Igor Nasalik, em declarações aos meios de comunicação social.
A medida foi anunciada no final de uma reunião do gabinete de crise ucraniano, convocado no seguimento do anúncio, por parte da Gazprom, de que decidiu romper os contratos de fornecimento e trânsito de gás à Ucrânia devido à sentença emitida na quinta-feira pelo tribunal arbitral de Estocolmo.
De acordo com o Governo, a Ucrânia enfrenta um desequilíbrio no fornecimento de gás de entre 15 a 20 milhões de metros cúbicos por causa das baixas temperaturas, que por estes dias chegam a 15 graus negativos em muitas regiões do país.
A empresa de gás ucraniana Naftogaz já classificou a medida da Gazprom como “chantegam” e apelou aos cidadãos para baixarem os aquecimentos e assim gastar menos energia.
A Gazprom critica a decisão do tribunal arbitral de Estocolmo, que obriga a compensar a Ucrânia em 4,6 mil milhões de dólares devido ao fornecimento de uma quantidade de gás inferior à estabelecida no contrato entre a companhia russa e o operador ucraniano.
Os juízes do tribunal arbitral “basearam a sua decisão na súbita degradação da economia ucraniana”, disse o presidente da empresa estatal russa, Alexéi Miller, acrescentando estar “categoricamente contra a ideia de que os problemas económicos da Ucrânia se resolvam à custa da empresa”.