O surto de cólera que se regista na província angolana do Uíge desde dezembro já afetou 731 pessoas, provocando 13 mortes, informou o Ministério da Saúde, apontando, no entanto, para uma redução dos casos notificados entre janeiro e fevereiro.
De acordo com uma nota de imprensa enviada neste dia à agência Lusa, os dados são relativos ao período entre a última semana de dezembro e 6 de março, sendo que, só em janeiro, foram notificados no município do Uíge um total de 419 casos, que resultaram em cinco mortes, contra os 209 casos e dois mortes em fevereiro.
No documento, o Ministério da Saúde angolano informa que a Comissão Interministerial do Plano de Resposta às endemias visita neste dia aquela província, no norte do país, para “constatar o resultado das ações e medidas complementares” no combate à epidemia da cólera.
Os bairros mais afetados pelo surto, nomeadamente Papelão, Kakiuia, Ana Candande, Candombe Velho, Candombe Novo e Mbemba Ngango, farão parte do roteiro da Comissão Interministerial, que deve visitar igualmente o depósito de medicamentos da província.
Além deste surto no Uíge, foram igualmente confirmados esta semana casos de cólera na província angolana de Cabinda, com o registo de um morto e 13 casos da doença, informaram as autoridades locais. Este surto está, para já, confinado a três bairros da cidade de Cabinda, capital da província.
Nas duas províncias estão no terreno equipas de vigilância que trabalham na desinfeção das cacimbas e distribuindo gratuitamente comprimidos para o tratamento de água para consumo, realizando ainda ações de sensibilização sobre medidas de prevenção contra a cólera.