O ministro dos Negócios Estrangeiros esteve esta quinta-feira na Suécia. A visita de dois dias está a ser vista como uma preparação do encontro bilateral que está previsto para maio, entre o presidente norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, mas Pyongyang diz apenas que a viagem de Ri Yong-ho acontece no âmbito das “relações bilaterais e questões de interesse mútuo” entre a Coreia do Norte e a Suécia.
Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia fez saber que Yong-ho vai encontrar-se com a homóloga sueca, Margot Wallstrom, para conversarem sobre “as responsabilidades consulares da Suécia como poder de proteção para os Estados Unidos, Canadá e Austrália”. A relação entre os dois estados não é de hoje, sendo a Suécia um dos poucos países ocidentais com representação diplomática em Pyongyang e é também o país que tem mediado conversações entre a Coreia do Norte e os EUA nos últimos anos. Está, por tudo isto, a ser considerado o local privilegiado para acolher o encontro para o qual a Coreia do Norte convidou o presidente dos EUA, embora não exista qualquer confirmação nesse sentido.
No entanto, estes são já motivos suficientes para que a visita destes dias do mais alto representante diplomático da Coreia do Norte à Suécia seja considerada uma viagem preparatória do encontro que está a ser preparado entre os dois líderes e que terá por tema o fim dos testes com mísseis nucleares da Coreia do Norte.
A visita do diplomata norte-coreano à Suécia foi comentada pelo primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, que disse à agência TT que se os “atores principais quiserem que a Suécia tenha um papel para facilitar, ser um fórum ou um elo de ligação ou o que quer que seja” o seu país está “preparado para isso”. E a BBC adianta que os Estados Unidos estavam a par deste encontro, não sabendo, no entanto, se eles se relacionava com o a reunião bilateral histórica pedida há uma semana e para a qual Donald Trump parte com elevadas expectativas.
No domingo passado, o presidente dos EUA anteviu o “tremendo sucesso” desse encontro e sublinhou que o compromisso é que a Coreia do Norte não lance mísseis “até esse encontro, e que vão procurar a desnuclearização. Isso seria maravilhoso”, notou Trump.