O banco norte-americano Wells Fargo vai pagar uma multa de mil milhões de dólares (cerca de 808 milhões de euros), a maior na presidência de Donald Trump para uma empresa dos Estados Unidos, por negligência na gestão de hipotecas e seguros automóveis. A multa equivalente a 814 milhões de euros imposta ao Wells Fargo, que segundo a Reserva Federal (Fed) é a segunda entidade bancária norte-americana em ativos, foi anunciada sexta-feira por dois reguladores, um dos quais o gabinete de proteção de consumidores na área financeira (CFPB, na sigla em inglês).

“Sempre dissemos que faríamos cumprir a lei e foi isso que fizemos agora”, disse Mick Mulvaney, diretor do CFPB, ao anunciar a sanção. O Wells Fargo reconheceu que tinha cobrado a milhares de clientes por seguros de automóvel que não eram necessários e que tinha imposto a alguns clientes taxas incorretas na gestão de hipotecas.

Esta é a multa mais pesada imposta a um banco desde a chegada à Casa Branca de Donald Trump, cuja administração prometeu abrandar a regulação financeira imposta após a crise de 2008. A penalização constitui também um novo revés para a reputação do banco, num momento em que tenta recuperar de um escândalo que foi conhecido há dois anos com a abertura de milhões de contas sem a autorização dos seus clientes. Na passada sexta-feira, o Wells Fargo anunciou que teve no primeiro trimestre lucros de 5.936 milhões de dólares, 5,4% mais do que no mesmo período de 2017.

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