Donald Trump anunciou esta quinta-feira que a cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte está marcada para 12 de junho, terça-feira, em Singapura. A reunião, que foi anunciada em março quando Trump aceitou o convite de Kim Jong-un, será a primeira da história entre líderes norte-americanos e norte-coreanos.

A data e o local do encontro entre os dois líderes ficou acertada esta semana, durante a visita do Secretário de Estado Mike Pompeo a Pyongyang, para acompanhar a libertação de três norte-americanos que estavam detidos naquele país. A decisão de os libertar após vários apelos, até do próprio presidente dos EUA, foi desde logo encarada como um gesto de boa vontade, alinhado com os esforços diplomáticos de entendimento entre os dois países.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na quarta-feira, Kim Jong-un afirmou que o encontro com Donald Trump seria uma “reunião histórica”. Em declarações à comunicação social do país, o líder norte-coreano defendeu que este é “um excelente primeiro passo na direção da promoção do desenvolvimento positivo da situação na península coreana e na construção de um bom futuro”.

Os três prisioneiros norte-americanos que foram libertados esta quarta-feira pelas autoridades da Coreia do Norte já aterraram em Washington. À chegada do avião à base aérea militar de Andrews, durante a madrugada (cerca das 02h00 locais), Kim Dong Chul, Kim Hak-song e Kim Sang Duk — que viajaram de regresso aos EUA acompanhados pelo Secretário de Estado Mike Pompeo — tinham à sua espera o presidente norte-americano e a primeira dama, Melania Trump.

Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, defendeu no final de abril que “o Presidente Donald Trump devia ganhar o prémio Nobel da Paz” pelas conversações com Kim Jong-un, numa reunião com vários dos seus secretários. A declaração foi noticiada pela agência Reuters e tem origem numa frase do responsável pela comunicação do líder asiático.

A Administração Trump tem feito um grande esforço para que se imponha sanções ainda mais restritivas à Coreia do Norte e, durante o último ano, tem trocado ameaças bélicas com o líder norte-coreano.

Em janeiro, o mesmo Moon afirmou que Trump “merece muitos créditos por ter promovido as conversas intra-coreanas” que se proporcionou “talvez por causa das sanções e pressões” promovidas pelos EUA.

Barack Obama, o antecessor de Trump, ganhou o galardão em 2009 poucos meses depois de ter tomado posse. Na altura, a conquista foi tida como prematura, já que o líder não tinha tido tempo quase nenhum para mostrar sinais de que os seus esforços pela paz tinha começado a surtir efeito.

(em atualização)