O novo presidente da Generalitat, Quim Torra, esteve esta terça-feira reunido com Carles Puigdemont para conversarem sobre o Governo o primeiro vai constituir. Quim Torra ainda não tomou posse e já disse que Puigdemont é “o presidente legítimo” da Candidatura de Unidade Popular, mas à semelhança do anterior presidente também se vai empenhar em “construir a república catalã” e “o processo constituinte”.
#Torra en Berlín junto a #Puigdemont: "Me veo como un presidente-custodio"
— Ana Carbajosa (@AnaCarbajosa) May 15, 2018
Quim Torra foi o primeiro a discursar. O novo presidente da Generalitat afirmou que foi até Berlim encontrar-se com Puigdemont para “prestar homenagem” ao ex-presidente da Generalitat: “Nós nunca vamos desistir, não vamos dispersar os nossos esforços para investir o Presidente Puigdemont. Vamos trabalhar para reinstituir o governo legítimo”. O primeiro passo, disse, seria dialogar com o governo espanhol no sentido de acabar com o artigo 155, que destituiu o ex-presidente catalão e outros membros do Governo, suspendendo a autonomia da região.
Depois falou Carles Puigdemont, que também pede diálogo com o governo espanhol: “A única ferramenta para resolver este conflito, que é político, é a democracia. Toda a União Europeia deve estar envolvida”. O ex-presidente da Generalitat pediu uma reunião com o governo espanhol e depois dirigiu-se a Torra: “Não tenho dúvidas de que será um presidente muito responsável da Catalunha”.
Recorde-se que esta terça-feira Mariano Rajoy esteve reunido no Palácio da Moncloa com Pedro Sánchez, secretário-geral do PSOE. O presidente do Governo nacional recebeu o aval do principal líder da oposição para aplicar uma nova suspensão da autonomia caso volte a ser necessário, mas também para a manutenção do controlo sobre as finanças da Generalitat. Em Berlim, Quim Torra garante estar disposto a negociar. E falou diretamente a Rajoy: “Diga-nos uma data, um lugar, e estaremos lá. Sem condições prévias. Falaremos de tudo. Este é claramente uma das nossas principais ideias. Faremos tudo o que está nas nossas mãos para iniciar um diálogo franco e aberto [com o Governo espanhol”.