O presidente do conselho de administração do Hospital de São João, António Oliveira e Silva, afirmou esta quarta-feira que as verbas para a construção da nova ala pediátrica do centro hospitalar, no Porto, ainda não foram desbloqueadas. “O ponto de situação em relação ao desbloqueamento de verbas é o mesmo desde que começámos com este processo”, afirmou António Oliveira e Silva na comissão paramentar de Saúde, onde foi ouvido, a pedido do PCP e do PSD, sobre os problemas existentes no Hospital de S. João.

Respondendo aos deputados sobre o desbloqueamento das verbas para a obra da ala pediátrica, o responsável disse que as “verbas não estão desbloqueadas”, sublinhando que “a totalidade das verbas não está nas contas” do hospital. “Nas contas do hospital estão 19,8 milhões de euros”, salientou.

No passado dia 16 de abril, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que os procedimentos para avançar com a construção da nova ala pediátrica do hospital seriam desbloqueados no espaço de duas semanas, garantindo que o dinheiro estava disponível.

“Faz-me lembrar quando era miúdo, que os meus pais e os meus padrinhos punham-me dinheiro na conta e eu estava cheio de dinheiro, mas não podia gastá-lo”, afirmou António Oliveira e Silva comentando o facto de não poder aceder às verbas para avançar com a obra. “Mas isto não é o mais importante, o que importa é termos autorização de despesa por parte dos ministérios das Finanças e da Saúde” para iniciar o processo de lançamento do concurso para as obras no hospital.

“O Centro Hospitalar de São João tem um centro pediátrico que é único na assistência pediátrica na região norte, não é substituível, não é transplantável”, frisou. A falta de condições de atendimento e tratamento de crianças com doenças oncológicas foi denunciada por pais de crianças doentes que são atendidas em ambulatório e também na unidade do ‘Joãozinho’, para onde as crianças são encaminhadas quando têm de ser internadas no Centro Hospitalar de São João.

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