Aquela ideia de que os pequenos furgões são veículos austeros está ultrapassada. E ainda bem, pois os profissionais que fazem o seu dia-a-dia nesta classe de veículos já mereciam que o útil se juntasse ao agradável, que é como quem diz, que tivessem um comercial à medida das suas necessidades, mas com um grau de conforto e de segurança equiparável a qualquer ligeiro de passageiros. É precisamente esta a ideia que está por detrás da 3ª geração do Partner, com a Peugeot a apostar forte no casamento entre versatilidade, funcionalidade e prazer de condução.
O novo Partner pretende posicionar-se como um “verdadeiro escritório móvel”, pelo que a marca francesa não se inibe de colocá-lo no mesmo patamar do 3008, no que diz respeito às tecnologias. Daí que a lista de equipamento inclua, consoante as versões, acesso e arranque mãos-livres; travão de estacionamento eléctrico, vigilância do ângulo morto (com aviso nos retrovisores exteriores); cruise control adaptativo, reconhecimento de sinais de trânsito (mostra o sinal reconhecido e a velocidade máxima detectada é apresentada para adaptar a velocidade do cruise control); aviso de transposição involuntária da faixa; alerta de atenção graças à vigilância por câmara do comportamento do condutor e da análise dos movimentos do volante; travagem de emergência em caso de risco de colisão; controlo de estabilidade do atrelado; comutação automática das luzes de máximos e de médios; e câmara Visiopark 180°, que facilita as manobras de marcha-atrás, com uma visualização clássica, vista de cima ou zoom (na aproximação imediata do obstáculo).
A conectividade também não foi esquecida, com o interior do Partner a integrar um ecrã táctil a cores de 8’’, orientado no sentido do condutor, sendo ainda acompanhado por duas fichas USB, uma entrada tipo Jack, ligação Bluetooth e recarga sem fios para smartphones. O sistema é completado pelo Mirror Screen, compatível com MirrorLink, Apple CarPlay e Android Auto.
Quanto à navegação, essencial para quem se desloca sistematicamente entre destinos diferentes, pode ser comandada por voz e ter em conta o trânsito em tempo real, para além de mostrar os parques de estacionamento, estações de serviço e a meteorologia local.
Em matéria de matéria de segurança, é de realçar que a navegação 3D é acompanhada do Peugeot Connect SOS e Peugeot Assistance. O primeiro envia um alerta em caso de acidente, faz a geolocalização do veículo e, se necessário, entra em contacto com os serviços de socorro, ao passo que o segundo permite ao condutor entrar em contacto com a assistência da marca que, consoante as informações comunicadas (geolocalização, número de série do veículo, quilometragem e alertas mecânicos enviados pelo computador de bordo), procede ao envio de um veículo de assistência.
Assente sobre uma variação da plataforma EMP2, o novo Partner mede 4,40 m de comprimento na versão Standard, garantindo um comprimento útil optimizado de 1,81 m, que permite o carregamento de 2 Europaletes, num volume de carga que varia entre os 3,30 e os 3,80 m3, dependendo da versão. Estes números crescem, obviamente, na versão longa, com 4,75 m (+ 35cm), o que se traduz num comprimento útil de 2,16 m e num volume de carga entre os 3,90 e os 4,40 m3. As manobras, em cidade, são facilitadas pelo curto raio de viragem, cujo diâmetro entre passeios é de 10,82 m (standard) e 11,43 m (versão longa).
A carga útil figura entre as melhores do segmento, com valores que vão dos 650 aos 1000 kg em algumas versões, tanto na carroçaria Standard como na Longa. As variantes de Muito Baixo Consumo (TBC) têm uma carga de 600 kg, sendo que o furgão sinaliza situações de excesso de carga (a medição do peso é feita de forma automática), para uma maior segurança.
Estreando o i-Cockpit, que equipa, pela primeira vez, um veículo comercial ligeiro, o Partner surge com o 1.2 PureTech de 110 cv com caixa manual de seis velocidades, ou 130 cv e transmissão automática de oito velocidades (disponível em 2019). A gasóleo, as alternativas passam pelo BlueHDi de 130 cv com caixa manual de seis relações ou automática de oito velocidades. A completar a oferta diesel, o mesmo bloco com 100 ou 75 cv, sempre associado a uma caixa manual de cinco velocidades.
O Peugeot Partner chega a Portugal em Novembro, mas apenas na versão de passageiros, com carroçaria longa e lugar para sete, isto porque pode ser homologado como monovolume e ser considerado Classe 1 nas portagens das auto-estradas. As restantes versões, da comercial longa e curta, passando pelas de passageiros com apenas cinco lugares, serão apenas propostas a partir de Janeiro de 2019, altura em que a PSA espera que a actual lei seja alterada e também o Partner passe a ser considerado Classe 1, uma vez que, de momento, a sua altura ao nível do eixo frontal superior a 1,10 metros o atira para Classe 2, classificação que o torna menos apetecível comercialmente.