Questionado esta quarta-feira sobre se os EUA ainda são um alvo russo, o presidente norte-americano, Donald Trump, deu uma resposta sucinta: “Muito obrigada, não”. A interpretação foi transversal a todos os jornais norte-americanos: Trump estaria a dizer que a Rússia já não tem os Estados Unidos como alvo. Mas não.

A assessora da Casa Branca, Sarah Sanders, veio mais tarde clarificar que, quando disse “não”, Donald Trump estava a tentar transmitir que “não” estava interessado em responder a perguntas dos jornalistas.

O “não” do presidente norte-americano viria assim contrariar o diretor da Inteligência Nacional, Daniel Coats. Na semana passada, o diretor disse que a Rússia e outros países continuavam a ter como alvo empresas norte-americanas, o governo e outras instituições. “As luzes de alerta estão a piscar em vermelho”, disse na altura Daniel Coats, recorda o jornal.

Recorde-se que esta terça-feira, o presidente norte-americano admitiu que tenha havido interferência russa nas eleições presidenciais de 2016. Concordou até com a investigação dos Serviços de Inteligência americanos sobre essa mesma interferência.

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Esta afirmação de Trump afastou-se do discurso que teve ao lado do presidente russo, Vladimir Putin, na cimeira de segunda-feira em Helsínquia. “Penso que a investigação é um desastre para o nosso país. Penso que nos tem [aos EUA e à Rússia] mantido afastados”, disse Trump durante a cimeira.

Donald Trump corrige afirmação. E admite interferência russa nas eleições de 2016