797kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

"A casa deste urso foi invadida por turistas". Abate de urso polar gera onda de críticas

Este artigo tem mais de 5 anos

Um urso polar foi abatido por ter atacado um dos seguranças de um cruzeiro de turismo na ilha de Svalbard, na Noruega. A empresa responsável afirmou que o abate se tratou de um "ato de auto-defesa".

O comportamento dos ursos polares na região da Noruega tem vindo a mudar nos últimos anos, como resultado da crescente aproximação dos humanos ao seu território.
i

O comportamento dos ursos polares na região da Noruega tem vindo a mudar nos últimos anos, como resultado da crescente aproximação dos humanos ao seu território.

AFP/Getty Images

O comportamento dos ursos polares na região da Noruega tem vindo a mudar nos últimos anos, como resultado da crescente aproximação dos humanos ao seu território.

AFP/Getty Images

O abate de um urso polar por um segurança de um cruzeiro na ilha de Svalbard, na Noruega, deu início a várias críticas sobre o impacto do turismo na região e nos comportamentos dos animais. Segundo o The Guardian, o animal foi morto a tiro no sábado por um segurança, depois de este ter atacado outro guarda do cruzeiro.

O ataque ocorreu quando os turistas do cruzeiro MS Bremen desembarcaram em Svalbard, localizada numa região entre a Noruega e o Polo Norte, conhecida pelos seus glaciares, renas e ursos polares. Negar Etminan, porta-voz da empresa alemã Hapag Lolyd Cruises, que opera o cruzeiro, disse que um dos seguranças “foi atacado por um urso polar e foi ferido na cabeça”, tendo o animal sido abatido “num ato de auto-defesa”.  O porta-voz acrescentou ainda que todos os navios que passam pela ilha são obrigados a ter seguranças contra ursos polares.

Em comunicado no Facebook, a empresa reforçou que “os ursos polares só são observados a bordo dos navios, com uma distância de segurança”. Para os turistas poderem observar mais de perto os animais, é necessária uma licença, explicou. Para essa licença ser obtida, “os guardas de ursos polares, após avistarem os animais, vão em primeiro lugar sozinhos e sem passageiros, para ter a certeza que não há ursos no local. Assim que um animal desses se aproxima, a licença é imediatamente cancelada”.

A empresa contou também que “como as tentativas dos outros guardas para expulsar o animal não foram bem sucedidas, teve que haver uma intervenção em legítima defesa para proteger a vida do guarda”. O segurança ferido foi levado de helicóptero para Longyearbyen e não corre perigo de vida.

Depois da divulgação das imagens, rapidamente uma onda de críticas surgiu nas redes sociais, alertando sobretudo para o impacto que o turismo poderá estar a ter naquela região. O comediante Ricky Gervais não poupou as críticas: “Vamos aproximar-nos de um urso polar no seu habitat natural e depois matá-lo se ele se aproximar muito. Idiotas”.

“A casa deste urso polar foi invadida por turistas do cruzeiro de turismo da Hapag Lolyd Cruises. Ele defendeu-se a si mesmo e à sua casa, ferindo um «guarda contra ursos polares». Depois foi abatido. Fica aqui o pensamento: porque não ver os ursos de longe e deixá-los sozinhos?”, questionou uma internauta.

Svalbard tem cerca de 3.000 ursos polares (mais animais do que população humana). Segundo o Express, o comportamento destes animais tem vindo a mudar nos últimos anos, como resultado da crescente aproximação dos humanos ao seu território. Em 2011, um estudante britânico foi morto numa visita de estudo. Há três anos, um homem checo que viajou para ver o eclipse solar sofreu ferimentos na cara e nos braços depois de ser atacado na sua tenda.

Os ursos polares são considerados uma espécie “vulnerável” à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Nesta região da Noruega, está previsto o desembarque de 18 cruzeiros na próxima semana para visitarem o arquipélago.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos