O défice situou-se em 1,9% do PIB no primeiro semestre do ano, em contas nacionais, acima da meta estimada pelo Governo para o conjunto do ano, que é de 0,7%, indicou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“No conjunto do primeiro semestre de 2018, o saldo global das administrações públicas  fixou-se em -1.864,7 milhões de euros, representando -1,9% do PIB (-6,1% em igual período do ano anterior)”, especifica o INE.

Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o do ano passado, o INE verifica que “tanto o saldo em contabilidade nacional como em contabilidade pública registaram melhorias”, e que este evolução “resulta primordialmente do impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida no primeiro trimestre de 2017”.

A melhoria está ainda associada ao “ajustamento da delimitação setorial das Administrações Públicas ao nível das empresas públicas e ao ajustamento temporal de impostos e contribuições”.

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Por outro lado, a “capacidade de financiamento da economia diminuiu para 0,7% do PIB” no ano terminado no segundo trimestre de 2018, “o que representa uma diminuição de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior”.

Quanto aos números de 2017, o défice orçamental nos 3% do Produto Interno Bruto (PIB), incluindo a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas teria sido de 0,9% sem esta operação. De acordo com a segunda notificação de 2018 relativa ao Procedimento por Défices Excessivos, remetida pelo INE ao Eurostat, o défice das Administrações Públicas atingiu 5.762,5 milhões de euros, confirmando os 3% previstos na primeira notificação a Bruxelas.

O défice em 2017 ficou acima dos 2% registados em 2016. O resultado “inclui o impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, no montante de 3.944 milhões de euros, que determinou um agravamento da necessidade de financiamento das Administrações Públicas em 2% do PIB. A dívida bruta das Administrações Públicas terá atingido 124,8% do PIB em 2017.