Numa entrevista à Bloomberg, o CEO da BMW nos EUA, Bernhard Kuhnt, admitiu que o Model 3 da Tesla está a revelar-se uma dor de cabeça para o segmento em que a sua marca se movimenta, em companhia da Audi e Mercedes. Desde que começou a incrementar a produção, que já vai nas 5.000 unidades por semana, o Model 3, apesar de ser um modelo 100% eléctrico e, logo, sem versões a gasolina ou diesel, “começou a pressionar o segmento do mercado dos carros de luxo”, de acordo com Kuhnt.

É claro que o CEO da marca alemã do outro lado do Atlântico aproveitou para chamar a atenção para os ainda maiores prejuízos dos seus adversários tradicionais, pois se a BMW caiu ligeiramente (de 25.900 contra 25.600 veículos comercializados em Setembro), embora continue abaixo da Mercedes, esta sofreu mais (de 29.000 para 26.200), estando ambas acima da Lexus (caiu de 26.200 para 24.600).

Estes comentários de Kunht tiveram lugar durante o Salão de Paris, onde a BMW revelou o seu novo Série 3, modelo que continua sem versão eléctrica, mas que certamente poderá ter um papel preponderante nas vendas da marca germânica. Mas isso não invalida que a Tesla venda hoje mais veículos do que a BMW no mercado americano, onde o construtor bávaro também tem uma fábrica, acontecendo o mesmo em relação à Mercedes e à Lexus.

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