A ministra da Educação de Angola assumiu esta quarta-feira que a mono docência no ensino primário, da 1.ª à 6.ª classes, implementada no âmbito da Reforma Educativa, “foi um erro” que “está a ser corrigido” com a criação de magistérios primários.

O regime da mono docência em Angola, processo de ensino em que um único professor leciona todas as disciplinas da 1.ª à 6.ª classe, tem sido criticado nos últimos anos devido às “várias lacunas que os docentes apresentam no domínio das distintas disciplinas que lecionam”.

“O que aconteceu um pouco com a mono docência foi uma precipitação, pusemos a carroça à frente dos bois. Começamos a mono docência sem antes prepararmos os quadros para, de facto, iniciarmos esse processo”, disse Maria Cândida Teixeira. A governante sublinhou que não foi no seu consulado, há um ano, que o regime foi implementado.

De acordo com a Maria Cândida Teixeira, o seu antecessor no cargo, Pinda Simão, desenvolveu ações com o propósito de “corrigir as deficiências encontradas ao longo do processo”, sobretudo com a “criação de magistérios primários”.

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“Para colmatar essas deficiências que foram encontradas neste processo, o ministro anterior criou os magistérios primários, justamente para capacitar os docentes a colmatarem as insuficiências encontradas no desenrolar do processo”, salientou.

Em relação à falta de professores de Educação Física no ensino geral em Angola, Maria Cândida Teixeira admitiu a “necessidade de mais docentes” para esta área específica do ensino.

“Agora, está-se a fazer um esforço grande na formação de professores, porque, mesmo a nível do ensino secundário, há uma lacuna muito grande em termos desses professores”, indicou.