“Peço perdão à sociedade e às pessoas que se possam ter sentido desiludidas ou afetadas”. Foi assim que o antigo vice-primeiro espanhol e diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato se entregou para cumprir a pena de prisão de quatro anos e meio, na sequência do caso do desvio de mais de 12 milhões de euros entre 2003 e 2012 do Caja Madrid e do Bankia.
Depois de um tribunal espanhol ter recusado o seu recurso contra a pena de prisão a que foi sentenciado, Rodrigo Rato apresentou-se numa prisão a norte de Madrid para cumprir a sua pena.
À entrada admitiu pela primeira vez a sua culpa no caso e pediu perdão pelos erros cometidos.
“Aceito as minhas obrigações com a sociedade e assumo os erros que cometi. Peço perdão à sociedade e às pessoas que se possam ter sentido desiludidas ou afetadas”, disse o antigo governante do PP, citado pela imprensa espanhola, que foi expulso também do partido na sequência do caso que envolveu cerca de 80 figuras do seu partido.
Rodrigo Rato foi condenado a quatro anos e meio de prisão depois de ser conhecido um esquema de desvio de dinheiro dos bancos Caja Madrid e Bankia através de cartões fantasma que terão sido usados para pagar como viagens, artigos de luxo, gasolina e compras de supermercado, para além de noites em estabelecimentos noturnos, tudo isto escondido do fisco espanhol.