700 agentes dos Mossos d’Esquadra estiveram durante as primeiras horas desta segunda-feira a realizar uma megaoperação de combate ao tráfico de droga no bairro de Raval, em Barcelona. A operação, que é o resultado de uma investigação de quase dois anos a casas ocupadas e utilizadas para o tráfico de heroína, fez cerca de 40 detidos.

O El País explica que as autoridades catalãs seguem há quase dois anos esta rede de casas ocupadas que servem como narcopisos: sítios onde se produz, compra e vende droga, sendo que, neste bairro específico, seria a heroína o estupefaciente mais comum. O jornal espanhol, que cita fontes policiais, indica que as casas são geridas por indivíduos jovens e de origem dominicana e que a criminalidade cresceu em 19% naquela região desde que estes narcopisos se tornaram uma realidade – os responsáveis pelo esquema de tráfico de droga agem normalmente armados e com grande violência.

O departamento de investigação dos Mossos d’Esquadra procurou reunir provas suficientes para deslindar a rede de casas e, além das escutas telefónicas, beneficiou do trabalho no terreno feito em conjunto com a Guardia Urbana – desde agosto, foram desmantelados 46 narcopisos, detidas 60 pessoas e encerrados 61 pontos de venda. Este fenómeno tornou-se público no início deste verão, quando vários habitantes do bairro de Raval realizaram chamadas de emergência onde denunciavam a ocupação de casas até então vazias por aquilo que achavam ser traficantes de droga.

Durante o verão, dezenas de narcotraficantes ocuparam mais de 60 casas naquela região – na sua maioria, propriedades de bancos. O El País conta que, no espaço de algumas semanas, as ruas do Raval tornaram-se um corrupio de traficantes de droga e toxicodependentes e a insegurança tornou-se o quotidiano do bairro de Barcelona.

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