Foram encontrados vestígios de ácido fluorídrico e outros químicos na casa do cônsul saudita, Mohammed al-Otaibi, disse uma fonte do gabinete do procurador geral turco à cadeia de televisão Al Jazeera. O ácido pode, alegadamente, ter sido usado para dissolver o corpo do jornalista Jamal Khashoggi, morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
A Arábia Saudita começou por afirmar que, no dia 2 de outubro, Jamal Khashoggi tinha saído com vida do consulado, mas acabou por admitir que o jornalista foi morto no interior e que a morte tinha sido premeditada. Na semana passada, um jornal turco conotado com o regime do presidente turco Recep Tayip Erdogan — Sabah — alegou que o corpo do jornalista tinha sido desmembrado e transportado em cinco malas para a casa do cônsul.
Corpo de Jamal Khashoggi terá sido esquartejado e transportado em cinco malas
A presença de ácido fluorídrico, um líquido altamente corrosivo, e de outros químicos reforça a possibilidade de o corpo ter sido desmembrado e transportado para a casa do cônsul para ser mais facilmente eliminado.
Diretora da CIA teve acesso à investigação sobre a morte do jornalista
Gina Haspel, diretora do serviço de informações norte-americano CIA, esteve na Turquia e, segundo a Al Jazeera, teve acesso a todas as provas recolhidas sobre a morte de Jamal Khashoggi, correspondente do jornal The Washington Post.
Essas provas mostram, alegadamente, que a morte do jornalista foi premeditada e executada por elementos próximos dos líderes sauditas.
Jamal Khashoggi entrou no consulado da Arábia Saudita na Turquia a 2 de outubro para pedir documentos que lhe permitiriam casar com a noiva turca. Nunca mais foi visto com vida.
Os alegados agressores terão tentado destruir o registo das câmaras de vigilância do consulado, noticiou a Al Jazeera.