A revista Forbes fez uma lista das estrelas de YouTube mais bem pagas de 2018. Se e é fã de youtubers, já se deve ter lembrado do PewDiePie, Jake Paul ou Markiplier. Mas é mesmo um rapaz de sete anos que lidera o ranking. Chama-se Ryan, gosta de Legos, comboios e carros e dos seus mais de 17 milhões de seguidores.

É no seu canal de YouTube, Ryan ToysReview, que Ryan se entretém a abrir brinquedos, a brincar com eles e a comentá-los. Quem o filma e quem edita os vídeos são os pais. Desde que se lançou na internet, em 2015, já juntou 26 mil milhões de visualizações, que a Forbes acredita serem na sua maioria de crianças com a sua idade.

O fenómeno Ryan chegou à internet em julho de 2015: com apenas três anos, a criança abriu 100 brinquedos de uma só vez. Foi aí que as visualizações duplicaram e, atualmente, há 10 milhões de pessoas que acompanham o dia-a-dia de Ryan, agora com sete anos.

As gravações são feitas ao fim de semana e os vídeos são editados enquanto Ryan está na escola. O negócio é tão lucrativo que a mãe de Ryan, que dava aulas como professora de ciências na escola secundária, deixou a escola e dedica-se a tempo inteiro ao canal de YouTube. Com estas brincadeiras, Ryan já conseguiu ganhar 22 milhões de dólares (cerca de 19,2 milhões de euros). Num só ano, foram 17,3 milhões de dólares. Logo a seguir, aparece Jake Paul em segundo na lista da Forbes, com 16,8 milhões de dólares. As suas piadas são o mote para as 3,5 biliões de visualizações durante um ano.

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De acordo com a revista, uma parte do dinheiro (cerca de um milhão de dólares) que Ryan reuniu até agora vem dos anúncios com reprodução automática que vêm sempre antes do novo brinquedo que ele tem para mostrar, sendo que outra parte vem do conteúdo patrocinado. Assim, as receitas provenientes desta atividade são mais suscetíveis de variar a nível de interesse.

Não obstante, o que é facto é que esta criança de sete anos aposta no chamado “unboxing” — categoria de vídeos do YouTube dedicada à abertura de caixas como novos produtos e que é uma das mais lucrativas –, conseguindo, assim, tirar do “trono” Daniel Middleton. Agora, é ele que ocupa o top dos artistas que mais se destacam a fazer vídeos, algo que é cada vez mais comum na internet.

Entretanto Ryan já se pronunciou sobre este grande sucesso online: à NBC News, disse que isso se deve a ele “entreter e ser engraçado”. Ainda assim, 15% dos lucros estão protegidos até que se ele se torne adulto, por ainda ser muito novo para ter controlo sobre isso.

O ranking da Forbes junta dados do YouTube, Social Blade e Captiv8, bem como em entrevistas com agentes, publicitários, produtores e advogados.