Em Novembro, foram apenas fabricados 129.030 veículos no Reino Unido, o que representa uma diminuição de 19,6% face ao mesmo período de 2017. Apesar do mercado estar a cair há largos meses, esta é uma das mais importantes quebras do ano, segundo a Society of Motor Manufacturers and Traders (SMMT).

Razões não faltam, muito contribuindo a menor procura no mercado inglês, nas exportações para países asiáticos. Também a queda das vendas em alguns mercados europeus, onde passaram a existir menos clientes desejosos de comprar veículos britânicos, especialmente os da Jaguar Land Rover (demasiado dependente de motores diesel) ajudam a explicar a redução das exportações em mais de 22%.

Para o presidente da SMMT, Mike Hawes, “é muito preocupante a redução na procura por veículos fabricados em Inglaterra, fruto da séria quebra de confiança dos consumidores locais, bem como a redução das exportações”.

A menos de 100 dias do Reino Unido abandonar a União Europeia (UE), Hawes relembra que “é fundamental a indústria automóvel britânica ter certezas sobre a forma como se vai processar o Brexit e, sobretudo, que o não-acordo está afastado das negociações”.

O responsável pelo SMMT sublinha que milhares de postos de trabalho nas fábricas inglesas de veículos, bem como nos fornecedores, dependem de uma relação livre e sem obstáculos fronteiriços ou impostos proteccionistas para sobreviver, salientando que “uma saída da UE, sem acordos que protejam o sector, pode ter consequências catastróficas”.

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