Entre a economia britânica, que não pára de cair, e as dificuldades que se esperam para fazer chegar às fábricas inglesas todas as peças oriundas da Europa, de que necessitam para fabricar os seus veículos, a indústria automóvel do Reino Unido (RU) atravessa dias muito difíceis. E com a garantia que, se não se sabe quando a situação poderá melhorar, ninguém duvida que a “coisa” irá piorar consideravelmente durante os próximos meses e anos.

O mais recente construtor a anunciar medidas para fazer frente aos problemas que se aproximam foi a Jaguar Land Rover (JLR), grupo que ainda recentemente deslocou para um país europeu, a Eslováquia, uma fábrica que, sem o Brexit, seria instalada no RU. Vem agora a JLR informar que, como espera grandes complicações com a chegada das peças que entram no país diariamente por camião, rumo às suas três fábricas, motivadas pelos serviços aduaneiros, que serão reactivados às 23 horas de 29 de Março, prefere optar por encerrar as instalações fabris durante uma semana.

O período proposto foi, para já, nos cinco dias úteis entre 8 e 12 de Abril, uma vez que a JLR reforçou o stock de peças que lhe permitem funcionar nos sete dias seguintes à saída da União Europeia. Em simultâneo com o anúncio do encerramento, a JLR solicita aos governantes locais para se comprometerem em não realizar um Brexit sem acordo, única forma de as suas instalações fabris continuarem a ter alguma viabilidade económica.

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