O resultado líquido da Cofina subiu 31% no ano passado, face a 2017, para 6,6 milhões de euros, anunciou hoje a dona do Correio da Manhã e do Jornal de Negócios.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Paulo Fernandes adianta que as receitas totais deslizaram 0,5% para 89,2 milhões de euros.

As receitas de circulação recuaram 6,1% para 43 milhões de euros e as de publicidade baixaram 5,3% para 28,1 milhões de euros.

Já as receitas de produtos de marketing alternativo e outros, “onde se incluem as receitas de presença do canal Correio da Manhã TV (CMTV) nas plataformas de cabo”, aumentaram 27,6%, para 18,1 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações consolidado (EBITDA) cresceu 12,2%, para 14,9 milhões de euros, e os custos operacionais diminuíram 2,7% para 74,3 milhões de euros.

A Cofina recorda que em setembro de 2017 a revista mensal de moda Vogue deixou de incorporar o portfólio do grupo, “o que afeta a comparabilidade com o exercício de 2018”.

A dona da CMTV refere que, “considerando as perdas de imparidade em 2018 e os custos de reestruturação em 2017, o crescimento do EBITDA registado ascende a cerca de 30%”.

Na rubrica “resultados depois de impostos das operações descontinuadas” no ano passado, a Cofina adianta que tal se refere “ao impacto da alienação da operação que o grupo” tinha no Brasil, “através da subsidiária AdCommedia e da associada Destak Brasil”.

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Estes investimentos foram alienados no final do ano passado.

No final de 2018, a dívida líquida nominal da Cofina era de 39,7 milhões de euros, menos 9,9 milhões de euros face à dívida em igual período de 2017.

O canal CMTV, disponível nas plataformas pagas, “tem registado um desempenho muito positivo, tendo batido sistematicamente recordes de audiência”, segundo o comunicado.

As receitas totais da CMTV atingiram 12,4 milhões de euros, mais 43% do que um ano antes, e “as receitas de publicidade atingiram quatro milhões de euros, mais 45%, e as receitas provenientes de ‘fees’ de presença e outros atingiram 8,3 milhões de euros, representando um crescimento de 42%”.

O EBITDA foi de 3,1 milhões de euros, mais do que triplicando (258%) em termos homólogos.

No segmento da imprensa, as receitas totais atingiram 77 milhões de euros, menos 5% face a 2017, com as receitas de publicidade a diminuírem 11%, para 24 milhões de euros.

Os custos operacionais diminuíram 5% e o EBITDA deste segmento caiu igualmente 5% para 11,9 milhões de euros.

A operação do Brasil era incluída neste segmento.

“As receitas totais do segmento ‘online’ têm vindo a aumentar, sendo a Cofina o grupo de media com maior quota neste mercado”, concluiu o grupo.