As autoridades suecas fizeram rusgas esta quarta-feira à sede do Swedbank, um dos maiores bancos suecos, no âmbito de uma investigação para saber se o banco está envolvido num escândalo de lavagem de dinheiro nos países bálticos, foi anunciado.

Segundo uma fonte da autoridade do crime económico sueca, citada pela AP, o procurador Thomas Langrot está a investigar se 15 dos maiores acionistas do Swedbank receberam ilegalmente informação sobre a associação do banco ao escândalo da lavagem de dinheiro do banco dinamarquês Danske na Estónia antes da televisão pública sueca ter noticiado o assunto pela primeira vez em fevereiro.

Na terça-feira, a STV informou que um relatório interno do Swedbank identificou grandes violações das regras de combate à lavagem de dinheiro envolvendo os negócios na Estónia.

O relatório refere que o Swedbank  aceitou clientes que apresentavam um alto risco de lavagem de dinheiro e “não informou sobre quaisquer transações e atividades suspeitas”.

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O banco disse que o relatório é parte de uma investigação externa mais ampla que foi disponibilizada às autoridades.

Em fevereiro, a televisão sueca SVT noticiou que meia centena de clientes do Swedbank realizaram transações suspeitas no valor de 40 mil milhões de coroas suecas (cerca de 4 mil milhões de euros) para contas do Danske Bank, o maior banco dinamarquês, nos países bálticos entre 2007 e 2015.

As revelações resultaram do acesso da SVT a documentos confidenciais sobre as operações entre as duas entidades relacionadas com a investigação ao Danske Bank, que se viu mergulhado num dos maiores escândalos bancários dos últimos tempos.

A Estónia ordenou que o Danske Bank fechasse a subsidiária local depois do banco dinamarquês ter admitido que enormes quantias de dinheiro foram lavadas.