Histórico de atualizações
  • A "verdade nua e crua" sobre o que aconteceu no Parlamento britânico esta segunda-feira

    O resumo desta noite, onde o Parlamento não conseguiu mais uma vez apresentar uma proposta alternativa ao acordo de Theresa May, fica aqui, bem como uma análise sobre o que pode acontecer daqui para a frente.

    A “verdade nua e crua” é que o Parlamento britânico continua sem se entender

    O acompanhamento do Observador fica por aqui. Obrigada por ter estado connosco.

  • Verhofstadt diz que hard Brexit "é quase inevitável"

    Guy Verhofstadt, porta-voz do Parlamento Europeu para o Brexit, reage à votação desta noite dizendo que uma saída sem acordo “torna-se agora quase inevitável”.

  • Nick Boles anuncia demissão do Partido Conservador na sequência do chumbo da sua moção

    Nick Boles, o autor da moção do mercado comum 2.0, aproveita para anunciar na Câmara que se irá demitir do Partido Conservador. “Falhei. Falhei sobretudo porque o meu partido recusa-se a fazer compromissos. Lamento anunciar que já não posso sentar-me com este partido.”

    “Nick, não vás”, ouve-se outro deputado dizer. Alguns deputados aplaudem.

  • Corbyn propõe que moções sejam novamente votadas na quarta-feira

    Jeremy Corbyn reage ao resultado, que classifica de “uma desilusão”. “Mas relembro a Câmara que o acordo da primeira-ministra foi rejeitado três vezes”, diz. “Se ela pode ter três hipóteses, então eu sugiro que a Câmara também possa considerar estas hipóteses outra vez, num debate na quarta-feira.”

  • Quatro propostas chumbadas

    Nenhuma das propostas reúne uma maioria na Câmara. Este foi o resultado da votação.

    Moção C, união aduaneira: 273 a favor, 276 contra

    Moção D, mercado comum 2.0: 261 a favor, 282 contra

    Moção E, voto de confirmação (segundo referendo): 280 a favor, 292 contra

    Moção G, revogação do Artigo 50 em caso de no deal:191 a favor, 292 contra

  • Cameron, "o grande destruidor dos nossos tempos", diz Juncker

    Enquanto continuamos à espera dos resultados da votação, temos novidades de Bruxelas: o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, classificou o antigo primeiro-ministro britânico David Cameron como “o grande destruidor dos nossos tempos”. Se tivesse sido permitido à UE fazer parte da campanha, afirma, podia ter havido respostas “a muitas das coisas que se discute hoje”.

  • O debate chegou ao fim. Passa-se agora à votação das várias moções.

    Os deputados têm meia hora para votar. Depois a sessão será retomada. Por volta das 22h deveremos ter os resultados, depois de os votos serem contados.

  • Em caso de "no deal", Gibraltar passa a ser encarada pela UE como uma "colónia britânica"

    Entretanto, os jornais espanhóis dão conta de uma vitória da diplomacia espanhola na UE face ao Brexit: a de que, em caso de no deal, o documento que regula a possibilidade de os britânicos continuarem a viajar para território europeu sem visto passa a mencionar muito claramente Gibraltar (a comunidade britânica em território espanhol cuja soberania continua a ser disputada por Espanha e Reino Unido) como “colónia britânica”.

    Um porta-voz de Theresa May reagiu ao El País, classificando a decisão da UE como “inaceitável”.

  • E aqui fica o boletim de voto desta noite:

  • DUP não apoia nenhum dos votos indicativos

    Entretanto, o DUP anuncia que não vai apoiar nenhuma das moções, por não resolver aquilo que os preocupa: “cumprir o resultado do referendo” e “impedir o backstop“.

  • Keir Starmer, ministro-sombra para o Brexit, anuncia que Labour vai apoiar três das quatro moções

    O ministro-sombra para o Brexit, Keir Starmer, responde, deixando clara a posição dos trabalhistas, que irão votar a favor não apenas da moção para um segundo referendo (proposta por um deputado do Labour), como também pela moção da união aduaneira e do mercado comum 2.0. “Demasiados colegas nossos decidiram que são os auto-nomeados intérpretes do Brexit”, diz.

    Pouco depois, é divulgada uma carta escrita pelo líder, Jeremy Corbyn, aos seus deputados. Nela, Corbyn deixa claro que o apoio à moção do mercado comum 2.0 não surge porque o partido concorda com ela na íntegra, mas porque procura “quebrar o impasse” e alcançar um “consenso”.

  • Ministro para o Brexit: "O que temos aqui é algo requentado da semana passada"

    O ministro para o Brexit, Stephen Barclay, esteve na Câmara a falar em nome do Governo.

    “O que temos é aqui é um conjunto de argumentos requentados da semana passada que não colheram apoio”, declara. “Aquilo de que precisamos é de dar certezas às empresas e isso foi rejeitado por esta Câmara ao rejeitar o acordo.

  • Governo prepara medidas de "contingência" para eleições europeias

    Fora do Parlamento, o Governo anunciou entretanto que está a dar início às preparações para umas eleições europeias como medida de “contingência”. “Posso confirmar que o Governo irá reembolsar os gastos razoáveis que os responsáveis do Estado tenham em preparações de contingência para as eleições do Parlamento Europeu”, confirmou o vice-primeiro-ministro David Lidington.

    “O Reino Unido continua a ter intenção de sair da UE com um acordo e em não participar nas eleições europeias de maio”, acrescentou. Contudo, para impedir esse cenário, o Governo teria de conseguir aprovar o acordo de Theresa May até 12 de abril ou optar por sair sem acordo.

  • Joanna Cherry, autora da moção que dá ao Parlamento poder de cancelar Brexit: "Se não houver um acordo nesta Câmara, teremos um no deal"

    Agora é a vez de Joanna Cherry, a nacionalista escocesa do SNP e autora da última moção, que dá mais controlo ainda ao Parlamento sobre o que fazer daqui para a frente.

    “Não podemos permitir que ocorra um no deal por acidente a 12 de abril só por não conseguirmos encontrar um acordo em torno do qual nos unamos”, declara. “Se não houver um acordo nesta Câmara, teremos um no deal. E se há algo que ficou claro aqui a semana passada é que mais de 400 deputados não querem isso.”

  • Nick Boles, autor da moção pelo mercado comum: britânicos "irão soltar um longo suspiro de alívio" se uma das propostas for aprovada

    Agora discursa Nick Boles, proponente da moção pelo mercado comum 2.0.

    “Desde o início que quisemos apresentar um plano realista e razoável”, afirma, explicando que nos últimos dias foram tidas em conta as opiniões de alguns deputados do Labour, tendo sido alterada a proposta inicial.

    Se alguma das propostas for aprovada, garante, os britânicos “irão soltar um longo suspiro de alívio”. “Mais vale ficar com metade de um bocado de pão do que com nada”, avisa.

  • As piadas dos deputados perante manifestantes semi-despidos: "A verdade nua e crua é que o Parlamento votou três vezes contra o acordo "

    O debate está entretanto a ser interrompido por várias gargalhadas e comentários dos deputados sobre um protesto que estará a decorrer nas galerias. Segundo Andrew Sinclair, jornalista da BBC, tratam-se de manifestantes pelo clima que estarão meio-despidos.

    “A verdade nua e crua é que o Parlamento votou três vezes contra o acordo da primeira-ministra”, diz Kyle, provocando gargalhadas entre os colegas.

  • Peter Kyle, autor da moção por um segundo referendo: "Só emergirá uma solução se fizermos por isso"

    Peter Kyle, deputado trabalhista e autor da proposta sobre um segundo referendo, fala agora para defender a sua moção.

    “Só emergirá uma solução se fizermos por isso”, começa por dizer o membro do Labour. Questionado sobre qual seria a pergunta desse referendo, Kyle diz que se refereria a “um acordo” e “não necessariamente ao acordo da primeira-ministra”, abrindo a porta a outra solução como a de uma união aduaneira, que está a ser discutida hoje no Parlamento.

    “Não há maioria em torno do acordo da primeira-ministra, nem há neste momento uma maioria em torno de outra proposta.” A situação, por isso, deve levar os deputados a fazer “o que o país precisa”, ou seja, “criar uma maioria”.

  • Ken Clarke, autor da moção pela união aduaneira: "Se queremos evitar um impasse rídiculo, hoje é o dia"

    Kenneth Clarke, o deputado mais antigo da casa e proponente da moção C, fala agora aos deputados.

    Clarke começa por destacar a impopularidade do Parlamento neste momento e a má imagem da instituição atualmente perante os britânicos, devido a todo o processo do Brexit. “Se queremos evitar um impasse rídiculo, hoje é o dia”, afirma.

    “Acredito que hoje as pessoas votarão a favor de mais do que uma moção”, diz, estando por isso esperançoso que, desta vez, haja uma maioria — algo que não aconteceu na semana passada. “Não acho que as moções sejam incompatíveis.”

    “Que compromisso estamos dispostos a aceitar?”, questiona.

  • Novo dia de votos indicativos. Que moções estão em cima da mesa?

    Boa tarde!

    Mais uma volta, mais uma viagem. A Câmara dos Comuns volta a sentar-se hoje para uma ronda de votos indicativos sobre o Brexit, tal como fez na semana passada. O que significa isto? Que, por não ter havido uma maioria em torno de nenhuma das opções apresentadas na semana passada, os deputados voltam a votar na esperança de agora chegar a um consenso.

    Tudo isto acontece depois de o acordo da primeira-ministra Theresa May ter sido chumbado pela terceira vez na sexta-feira. Ainda não é certo qual o próximo passo que May pretende dar, mas há rumores de que a primeira-ministra pode voltar a apresentá-lo uma quarta vez, na sequência das votações de hoje.

    Mas afinal de contas, o que será votado esta noite, por volta das 20h? As propostas selecionadas pelo presidente da Câmara, John Bercow, foram estas:

    • Moção C: União aduaneira
      Esta proposta indica ao Governo que deve negociar “uma união aduaneira permanente e abrangente com a UE” num acordo de saída. Na semana passada, esta moção teve 264 votos a favor e 272 contra.
    • Moção D: Mercado Comum 2.0
      Que o Reino Unido se junte à EFTA (Associação de Comércio Livre Europeu) e à EEA (Área Económica Europeia), num modelo semelhante ao de países como a Noruega (razão pela qual a proposta é informalmente conhecida como Noruega 2.0). Manter-se-ia o mercado comum e a liberdade de circulação. Na semana passada, esta moção teve 188 votos a favor e 283 contra.
    • Moção E: Voto de confirmação popular
      A proposta de um segundo referendo a qualquer que seja o acordo aprovado pelo Parlamento. Na semana passada, 268 deputados votaram a favor e 295 contra.
    • Moção G: Domínio total do Parlamento
      Conjunto de passos para que o Reino Unido não saia sem acordo, primeiro com um pedido de extensão do Governo. Caso a UE não aceite, os deputados votariam então se preferem um no deal ou a revogação do Artigo 50. Se o Artigo fosse revogado (ou seja, o Brexit cancelado), o Parlamento deveria tentar perceber que tipo de relação futura com a UE tem o apoio da maioria dos britânicos e pode ser aceite por Bruxelas. Esta proposta ainda não foi votada.

    O debate segue de seguida, até às 20h.

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