O cabeça de lista europeu da CDU, que junta PCP e “Os Verdes”, desejou esta sexta-feira aumentar o número de deputados eleitos no Parlamento Europeu, ao entregar a lista no Tribunal Constitucional (TC), em Lisboa.
Mais do que um objetivo [aumentar o número de deputados no Parlamento Europeu] do PCP [CDU], é uma necessidade do país que está nas mãos dos portugueses. Os últimos anos demonstraram que foi importante termos deputados da CDU no Parlamento Europeu. Nunca vacilaram perante a necessidade de defender o interesse nacional, dos trabalhadores e do povo contra todas as pressões e houve muitas, chantagens da parte de instituições da União Europeia. É de toda a utilidade reforçar esta presença. Obviamente, é um objetivo nosso”, disse João Ferreira.
O eurodeputado foi acompanhado, entre outros, por duas das restantes candidatas, a “n.º2”, a linguista Sandra Pereira, e a quarta posicionada e primeiro elemento dos ecologistas, a professora Mariana Silva, além da mandatária nacional, a escritora Ana Margarida Carvalho.
“Está entregue a lista da CDU, candidata às eleições para o Parlamento Europeu. Fazemo-lo uma semana depois de ter prestado contas do trabalho que fizemos nestes últimos cinco anos. Um trabalho muito rico que não teme comparações. É sobre esse património de intervenção dos eleitos da CDU que queremos construir a intervenção dos próximos anos”, afirmou o também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
João Ferreira destacou tratar-se de “uma lista que conjuga experiência com uma renovação assinalável”, referindo-se ao rol de 21 nomes e oito suplentes, onde figuram 14 mulheres e 15 homens.
Temos a média etária mais baixa dos primeiros cinco candidatos. Temos uma forte presença de mulheres também, mesmo nesses lugares cimeiros, com três mulheres nos cinco primeiros candidatos”, sublinhou.
O membro do Comité Central comunista defendeu ainda uma “postura que procurasse chegar a bom porto” relativamente à saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’), designadamente por parte das instituições europeias, ao comentar o pedido de adiamento do processo por parte da primeira-ministra britânica até 30 de junho.
“Era bom que existisse a abertura suficiente para encontrar soluções, tendo em conta as dificuldades que persistem, de forma a poder-se efetivar, no mais curto prazo possível, a decisão que os britânicos tomaram. O adiamento, a existir e caso se venha a considerar necessário, tem de corresponder a uma mudança de atitude para se poder alcançar as convergências que não foram ainda possíveis de alcançar, muito fruto da postura de intransigência da União Europeia”, concluiu