O ministro das Finanças disse esta terça-feira no parlamento que contar todo o tempo de serviço dos professores representaria “o maior aumento de despesa desta legislatura” e iria abrir “uma caixa de Pandora” sobre a recuperação do passado nas carreiras.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, foi esta terça-feira ouvido pela comissão parlamentar de Educação e Ciência a pedido do PS. O partido requereu a presença do ministro para que este explicasse os números certos do custo da contagem do tempo de serviço congelado aos professores, não apenas no que diz respeito às propostas que o Governo já aprovou, mas também às reivindicações sindicais de contagem integral. Estas reivindicações foram apoiadas pela maioria dos partidos, incluindo o PSD, que tem força parlamentar para, em conjunto com a esquerda, por exemplo, forçar a aprovação de uma proposta que conte todo o tempo.

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E foi sobretudo para o PSD que Mário Centeno esta terça-feira falou, acusando o partido de apresentar uma proposta de alteração ao decreto do Governo que viola a norma-travão do aumento da despesa orçamentada, o que seria inconstitucional, e de propor um aumento de despesa permanente, ao considerar a contagem integral do tempo de serviço, que o país não tem condições para pagar.

“O cumprimento da regra da despesa é incompatível com esta medida se não forem revelados quais vão ser os aumentos de impostos ou qual a despesa que vai ser cortada. […] Os senhores deputados farão exatamente aquilo que a sua consciência considerar, mas de uma coisa, senhores deputados, não se livram, cinismo e demagogia é o que está nessa proposta”, disse Centeno aos deputados, a dois dias de a comissão parlamentar apreciar e votar as propostas de alteração à contagem do tempo de serviço, que vão no sentido de considerar os nove anos, quatro meses e dois dias.

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