A bolsa nova-iorquina fechou esta segunda-feira em alta ligeira, com o Nasdaq e o S&P500 a fixarem novos recordes, no início de uma semana muito preenchida com resultados de empresas e uma reunião do banco central norte-americano.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq valorizou 0,19%, para os 8.161,85 pontos, enquanto o alargado S&P500 progrediu 0,11%, para as 2.943,03 unidades. Já o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,04%, para os 26.554,39 pontos.
“Os investidores vão ter de digerir em uma semana mais informações do que durante um mês inteiro”, realçou Art Hogan, da National Holding, enumerando a publicação dos resultados de cerca de 150 empresas do S&P500, a reunião do Comité de Política Monetária da Reserva Federal (Fed), na terça e quarta-feira, e a publicação do relatório mensal sobre o emprego, na sexta-feira. Perante todas as incertezas ligadas a estes acontecimentos, “é quase surpreendente ver os índices continuarem a subir, mesmo que modestamente”, acrescentou.
O S&P500 já ganhou 17% desde o início do ano e o Nasdaq 23%. “Os investidores estão talvez em vias de reavaliar como é que os analistas puderam falhar as previsões sobre os resultados das empresas”, avançou Hogan.
Quando já cerca de metade das empresas do S&P500 apresentaram os seus resultados, 77% apresentaram lucros superiores às expectativas dos analistas.
Em consequência, segundo as novas estimativas compiladas pelo gabinete FactSet, as empresas do S&P500 deverão em média apresentar um recuo de lucros de apenas 2,3% no primeiro trimestre, contra os 3,9% avançados uma semana antes.
Do lado da política monetária, os investidores questionam-se se, perante a solidez do crescimento da economia norte-americana, o presidente da Fed, Jerome Powell, não vai endurecer o seu discurso. A instituição tinha criado a surpresa em março, ao anunciar querer suspender até ao final de 2019 a subida das taxas de juro.
Depois do anúncio, na sexta-feira, de um aumento do produto interno bruto dos EUA em 3,2%, no primeiro trimestre, o Departamento do Comércio indicou esta segunda-feira que as despesas das famílias tinham tido em março uma das subidas mensais mais fortes dos últimos 10 anos.
Mas, ao mesmo tempo, se a inflação anual ganhou algum vigor ao avançar 1,5%, permanece bem abaixo dos 2%, que são a meta do banco central.