Um membro da Força Especial de Proteção Civil disse esta quarta-feira que recebeu uma ordem de prisão de um membro da GNR, enquanto combatiam o incêndio que ainda lavra em Castelo Branco, apurou o Observador. Fonte oficial da GNR garante, contudo, que não foi dada nenhuma ordem para deter o indivíduo — ao contrário do que o bombeiro afirma na fita de tempo do fogo. Entretanto, o ministro da Administração Interna ordenou a abertura de um inquérito sobre o “incidente”, anunciou fonte do ministério.
Ao que o Observador apurou, a comunicação terá tido por base um desentendimento entre o bombeiro e membros do Grupo de de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS)/GNR. Em causa esteve a insistência do bombeiro em tirar fotografias aos membros da GNR enquanto trabalhavam, apesar de lhe ter sido pedido, várias vezes, para parar. O bombeiro terá desobedecido e um dos membros do GIPS terá respondido que se este não parasse ainda acabava detido. Mas, na comunicação que consta na fita de tempo, o membro da Força Especial de Bombeiros afirmou que recebeu “ordem de prisão”.
Segundo fonte oficial, Eduardo Cabrita determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna “a abertura de um inquérito sobre o incidente, ocorrido no incêndio de Sobral do Campo (Castelo Branco), envolvendo elementos da Unidade Especial de Proteção e Socorro da GNR e da Força Especial de Proteção Civil” da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O incêndio na freguesia de Ninho do Açor e Sobral do Campo, em Castelo Branco, deflagrou perto das 15h00 da tarde desta quarta-feira. Neste momento, estão no local a combater as chamas 240 bombeiros, apoiados por 66 veículos e seis meios aéreos.
Artigo atualizado às 22h45 com a informação que Eduardo Cabrita ordenou a investigação