Arqueólogos da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos anunciaram a descoberta de evidências da conquista de Jerusalém pelo Império da Babilónia, no ano de 586 a.C., avançou o órgão de comunicação especializada phys.org.
Entre os itens encontrados nas escavações do Monte Sião estão pontas de flechas, cestos, lâmpadas e joalharia de ouro e prata. O projeto arqueológico é co-dirigido por Shimon Gibson, professor de história desta mesma faculdade, Rafi Lewis, da Ashkelon Academic College, e James Tabor, professor de estudos religiosos.
Gibson falou ao portal sobre o que encontrou: “Para os arqueólogos, os restos de madeira e as cinzas podem significar milhões de coisas diferentes. Poderiam ser de fornos ou até de lixo queimado. No entanto, neste caso, a combinação dos objetos encontrados indicam que aqui houve algum tipo de devastação e destruição: “Toda a gente sabe que ninguém abandona joias de ouro e ninguém tem pontas de flecha no lixo doméstico”.
"The current find is one of the oldest and perhaps the most prominent in its historical significance, as the Babylonian conquest of Jerusalem is a major moment in Jewish history."https://t.co/b8CWlfF117
— end times life (@endtimeslife) August 11, 2019
As pontas, segundo Gibson, são de diferentes povos que ali habitavam, e remontam aos séculos VII e VI a.C. cooperando assim para a tese do arqueólogo de que o achado remonta à “conquista histórica da cidade da Babilónia”.
A Bíblia, fonte de diversos estudos e análises comprovativas, cita a queda histórica do governo situado no Monte Sião pelas mãos do rei neo-babilónico Nabucodonosor. Este, é referenciado como o responsável pelo incêndio que destruiu o Tempo de Salomão, o templo sagrado na antiga Jerusalém.
O rei da Judeia era então Zedequias. Aquando da invasão, tentou escapar, mas foi detido e levado de volta à Babilónia, e os demais habitantes foram forçados ao exílio.
Com algumas diferenças na narrativa, a Bíblia relata no capítulo 25 do Livro dos Reis, a conquista do reino sagrado. “Durante o décimo dia, no décimo mês do nono ano do reinado, veio Nabucodonosor, rei da Babilónia, com todo o seu exército contra Jerusalém. Os militares acamparam e sitiaram-na, capturando o rei e levando-o até a região de Riblá, onde foi julgado. Os filhos de Zedequias foram degolados à sua frente, e a ele, retiraram-lhe os olhos, encarceraram-no e levaram-no para Babilónia”, recorda o jornal espanhol ABC, citando a Bíblia.
Do Antigo Testamento consta também a referência da invasão da cidade de Jerusalém, sendo narrada sua redução às cinzas. Além disto, Jeremias já havia profetizado a queda do reino da Judeia pelas mãos de um rei babilónico (25:11).
No seu conjunto, as narrativas vão ao encontro das peças descobertas no local.