Benny Gantz respondeu ao apelo de Netanyahu. E a resposta é não. Depois de ter recebido a proposta para formar um governo de unidade nacional, Gantz deixou claro que nunca aceitará uma governação conjunta se for Netanyahu a liderá-la. A coligação Azul e Branca só aceita um líder — o próprio Gantz.

A proposta de Netanyahu surgiu na manhã desta quinta-feira, numa altura em que os últimos resultados conhecidos mantêm o empate entre os dois candidatos, mas apontam para uma ligeira vantagem do antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armada. A formação de um governo de unidade nacional tem estado em cima da mesa.

Durante a campanha, defendi um governo de direita mas, para pena minha, os resultados eleitorais mostram que isso é impossível. Benny, temos de formar um governo de unidade nacional, ainda hoje. A nação espera que nós os dois demonstremos responsabilidade e cooperação”, disse Netanyahu, citado pela Reuters.

O ex-chefe do Estado-Maior disse na quarta-feira que esperava formar um “bom e desejável governo de unidade”, mas frisou que uma coligação com o Likud estava fora de questão enquanto este for liderado por Netanyahu. Em causa estão as acusações de corrupção de que o político israelita tem sido alvo.

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Na terça-feira, os israelitas foram a votos pela segunda vez em cinco meses para escolher o próximo chefe de Estado. Desde então, foram contados cerca de 97% dos votos. Dois dias após as eleições legislativas, os resultados ainda provisórios atribuem ao Likud de Netanyahu 32 dos 120 assentos no Knesset, contra os 33 do partido de Benny Gantz.

Os resultados dos pequenos partidos poderão agora marcar a diferença e ajudar a desbloquear o impasse.

Israel. As eleições para clarificar tudo baralharam ainda mais — e encurralaram Netanyahu