O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto, lamentou este sábado, com “profunda consternação”, a morte de Freitas do Amaral, sublinhando o seu “enorme e indelével contributo à luta pela libertação dos povos africanos de língua portuguesa”.

Numa nota de pesar em nome do povo e do Governo de Angola e em seu nome pessoal, enviada ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, o ministro angolano considerou que a morte de Freitas do Amaral, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, “constitui uma perda irreparável para Portugal e o mundo de falantes da língua de Luís de Camões”.

“Com o seu talento, trabalho e capacidade de diálogo conseguiu vencer os desafios, e conquistar uma brilhante carreira política e académica que lhe permitiu granjear reconhecimento internacional”, realçou.

Domingos Augusto descreveu Freitas do Amaral como um “homem de fortes convicções, político de reconhecido mérito e um dos fundadores da democracia portuguesa do pós-25 de Abril”.

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“Destaco no Professor Doutor Diogo Freitas do Amaral, entre outros, o seu enorme e indelével contributo à luta pela libertação dos povos africanos de língua portuguesa, e o incessante desejo de ver melhoradas as relações de amizade e de cooperação entre Angola e Portugal para bem dos nossos povos”, acrescentou.

Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS e ex-ministro, morreu na quinta-feira, aos 78 anos.

Freitas do Amaral nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.

O político fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS, em 1992.

As cerimónias fúnebres decorrem este sábado, dia de Luto Nacional, para o cemitério da Guia, em Cascais.