O Supremo Tribunal espanhol vai condenar por sedição (contestação coletiva contra uma autoridade ou um poder estabelecido) nove dos 12 independentistas catalães que lutaram pela independência da Catalunha, avança o El Mundo. Havia a possibilidade de os antigos dirigentes da Catalunha serem acusados também pelo crime de rebelião (que já implica resistência violenta contra a autoridade), o que lhes daria uma pena mais alta. A sentença vai ser conhecida esta segunda-feira.
Os políticos que vão ser acusados são o antigo vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras; os ex-conselheiros Joaquim Forn, Jordi Turull, Josep Rull, Dolors Bassa e Raül Romeva; o ex-presidente do Parlamento Carme Forcadell; e os líderes das entidades soberanas Jordi Cuixart e Jordi Sànchez. Vários dos antigos políticos vão também ser condenados por peculato devido à forma como foram geridos fundos públicos para o referendo da independência em 2017.
Segundo o mesmo jornal, estas penas podem significar tempos de prisão de 10 a 15 anos. Ao serem condenados por sedição, estes políticos independentistas vão também ser proibidos de se candidatar e desempenhar cargos públicos por um período igual ao da pena.
Se fossem condenados por rebelião, e não por sedição, a pena seria superior, por se tratar de um crime contra a ordem constitucional. Desta forma, a pena também será alta, mas o tribunal decidiu unanimemente que os atos dos independentistas foram considerados crimes contra a ordem pública.
Catalunha. Um ano depois do referendo, nem independência nem paz
*Notícia corrigida a 13 de outubro, às 9h22, com explicação da palavra “sedição” e “rebelião”