Apesar das ajudas do Governo norte-americano, através de subsídios e incentivos, o mercado consome cada vez menos carvão. A quebra do mercado levou a que a Murray Energy Holdings Co, a maior empresa privada dos EUA ligada ao carvão, falisse.

Durante a campanha para as últimas presidenciais, Trump chocou o mundo e os americanos – nem todos, pois muitos votaram nele – com promessas de investir no carvão para criar emprego e riqueza, apesar de queimar carvão para gerar calor e, com ele, produzir electricidade, ser a forma mais poluente de produzir energia. Os defensores do ambiente criticaram a opção, as empresas do sector aplaudiram-na. Mas nem estes decretos alteraram a realidade.

A Murray Energy, que contribuiu para a campanha de Donald Trump com 1 milhão de dólares, através do seu fundador Robert Murray, sempre se revelou contra os planos de Obama para “limpar” o ambiente. Curiosamente, foi durante o exercício de Trump que teve de recorrer ao tribunal das falências de Columbus, no Ohio, para solicitar a protecção de credores, sufocada por uma dívida superior a 2,7 mil milhões de dólares, de acordo com a Bloomberg. Além de reestruturar a dívida, a Murray Energy necessita de um empréstimo de 350 milhões para continuar a operar.

De acordo com os cientistas que estudam os efeitos do carvão na saúde pública, o carvão é responsável por cerca de 800.000 mortes prematuras em termos globais, número que sobe generosamente caso se considerem as vítimas das doenças provocadas pela sua queima. Segundo fontes ambientalistas, ainda hoje o carvão é responsável por 44% das emissões totais de CO2 no planeta.

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