Os três jovens detidos na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, vão ficar em prisão preventiva a aguardar julgamento. O grupo considerado “bastante violento” pela Polícia Judiciária foi ouvido esta sexta-feira no Tribunal de Santarém e, segundo apurou o Observador junto de fonte próxima do processo, o juiz de instrução decidiu aplicar a medida de coação mais gravosa. Em causa estão crimes de roubo por assalto a ourivesarias.

A detenção dos três jovens — de 19 anos e 24 anos — aconteceu durante a manhã desta quarta-feira, em plena Ponte 25 de Abril. A PSP cortou o trânsito nesta ponte para que fosse possível deter este grupo, que estava a ser seguido pela Polícia Judiciária desde Fátima, cidade onde assaltaram uma ourivesaria.

Detenção na Ponte 25 de Abril. PJ seguia grupo “bastante violento” desde agosto, conhecia todos os passos e não descarta outros crimes

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Dois dos três detidos têm, aliás, antecedentes criminais e contam com um histórico de assaltos à mão armada no seu registo criminal, tendo mesmo cumprido pena de prisão por este tipo de crime. E, à semelhança do que aconteceu no final de agosto e esta quarta-feira, os assaltos tiveram sempre como alvo ourivesarias.

Este grupo foi detido esta quarta-feira, mas a Polícia Judiciária já estava a monitorizá-lo desde o dia 28 de agosto, quando os três jovens assaltaram outra ourivesaria, também em Fátima. A partir dessa altura, passaram a estar na mira da Polícia Judiciária e todos os seus passos começaram a ser controlados.

Apesar de detidos preventivamente, o trabalho da PJ ainda não terminou, já que a investigação tem em cima da mesa a hipótese de o grupo ter realizado mais assaltos entre o momento em que os vários elementos começaram a ser monitorizados pelas autoridades e o momento da sua detenção. “Ainda não temos tudo documentado, mas acreditamos que aconteceram mais crimes. Ainda está em investigação”, explicou ao Observador fonte próxima do processo.