O parlamento de Hong Kong foi esta quarta-feira suspenso e a segurança foi reforçada na cidade e nos campus universitários, com as escolas a fecharem num momento em que prosseguem os confrontos entre manifestantes e polícia.
Muitas estações de metropolitano e de comboio foram encerradas depois de os manifestantes antigovernamentais e pró-democracia terem bloqueado as entradas e vandalizado as instalações.
Durante a manhã (madrugada em Lisboa) os manifestantes construíram barreiras improvisadas e colocaram tijolos nas estradas um pouco por toda a cidade e também em algumas universidades, com a Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK) a registar momentos de maior tensão, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP). Na área financeira da cidade já foram efetuadas várias detenções por parte da polícia.
Pelo menos 11 instituições de ensino superior, incluindo a CUHK e a Universidade de Hong Kong, anunciaram que as aulas estão suspensas, de acordo com a emissora RTHK. Mais de 80 estudantes chineses do continente da CUHK foram retirados dos campus devido aos confrontos entre policiais e manifestantes. Estes estudantes chineses foram transportados para a cidade vizinha de Shenzhen, noticiou ainda o SCMP.
Fotogaleria. O dia em que os confrontos voltaram às ruas de Hong Kong
Horas depois, uma reunião do Conselho Legislativo (o parlamento de Hong Komh) foi suspensa depois do presidente da instituição, Andrew Leung Kwan-yuen, ter ordenado o presidente do Partido Democrata, Wu Chi-wai, a deixar o conselho. Wu questionou o chefe de segurança do território, John Lee, sobre a violência policial e acusou-o de ter “sangue nas mãos”. “Foi você quem transformou Hong Kong nisto”, acusou o pró-democrata.
A noite de terça-feira na CUHK já tinha sido marcada pela violência entre manifestantes e forças de segurança. Na segunda-feira, os confrontos em Hong Kong já tinham causado 128 feridos e registado mais de 260 detenções.
Novos confrontos em Hong Kong após dia de greve com 128 feridos e 260 detidos