Se as eleições fossem hoje, o Chega poderia contar com o dobro dos votos obtidos nas legislativas e é o partido com assento parlamentar que mais cresce. Segundo uma sondagem da Aximage, para o Jornal Económico (conteúdo pago), um mês após a ida às urnas, o partido de André Ventura, que elegeu um deputado no escrutínio de outubro,  teve a maior variação positiva nas intenções de voto, ganhando 1,7 pontos percentuais.

O Chega não foi o único a crescer. Partido Socialista (mais 1,1) e Bloco de Esquerda (0,9) também sobem na intenção de votos. No entanto, enquanto os dois partidos de esquerda vão buscar novos votos aos abstencionistas (os bloquistas também ‘roubam’ eleitores do PS e do PSD), o Chega consegue ir buscar eleitores a quase todas as forças políticas, Bloco de Esquerda incluído. Os únicos portugueses que não trocam o seu sentido de voto em prol do partido de André Ventura são os do Livre, Iniciativa Liberal e da CDU (coligação PCP e Verdes).

Com estes resultados, o Partido Socialista mantém-se e reforça a sua posição de partido com maior representação na Assembleia de República, com um ligeiro aumento no número de eleitores.

Do lado das perdas, é o PSD quem tem a maior variação negativa (-0,7), seguindo CDS e Livre, ambos com variação de -0,2 no apoio dos eleitores. CDU e PAN surgem com -0,1 e o Iniciativa Liberal é o único partido que fica com variação zero.

O partido liderado por Rui Rio perde intenções de voto em primeiro lugar para a abstenção, em seguida para o Bloco de Esquerda, e ainda para o Chega e para o Iniciativa Liberal.

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