Apesar de a reunião estar marcada para as 9h, eram poucos os membros do Livre que estavam na sede do partido, em Lisboa, a essa hora. Foram chegando a conta gotas e, ainda que os trabalhos tenham começado por volta das 9h30, a deputada Joacine Katar Moreira — uma das partes envolvidas no parecer do Conselho de Jurisdição, que analisou a polémica que opôs a deputada e a direção do partido nas últimas semanas — só chegou já depois das 10h, à semelhança de alguns dos membros da Assembleia, como Rui Tavares.
À chegada, Tavares afirmou que o partido “reconhece dificuldades e erros”, mas que, com “toda a serenidade”, “tudo fará” para os solucionar.
Todos os partidos têm conflitos, o que os distingue é a forma como os resolvem”, disse Rui Tavares — um dos membros da Assembleia do Livre — sobre a polémica entre a direção do partido (Grupo de Contacto) e a deputada.
Poucos minutos depois, já com os trabalhos a decorrer, Joacine Katar Moreira negou, aos jornalistas, a existência de qualquer conflito, duas semanas depois de ter dito ao Observador que nunca se tinha sentido apoiada pela direção do partido. “Não existe conflito absolutamente nenhum. Há uma relação de diálogo e entendimento e é sobre isso que iremos falar”, afirmou a deputada única do Livre numa curta declaração à entrada da Assembleia.
À semelhança do que aconteceu na última Assembleia do partido, ao que o Observador apurou, será emitido um comunicado no final dos trabalhos, com a decisão sobre que medidas devem ser tomadas na sequência da polémica.
Joacine: “Fui eleita sozinha, a direção do Livre nunca me apoiou”