O Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou esta segunda-feira a 25 anos de prisão o homem de 27 anos que liderava, desde Águeda, uma rede internacional de pedofilia, por 30 crimes de abuso sexual de crianças e um de pornografia de menores. O tribunal deu como provados os crimes de que Nuno Melo estava acusado — 583 de abuso sexual de crianças e 73.577 de pornografia de menores — e aplicou-lhe a pena máxima, avança o Público.

A acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, diz que o principal arguido — que na darkweb usava nomes como ‘Twinkle’, ‘Dragoslav’, ‘Drago’, ‘Lullaby’ ou ‘Batman’ — abusou sexualmente de oito menores, sete deles seus familiares (dois sobrinhos e cinco primos), incluindo bebés, entre 2013 e 2017. Nuno Melo fundou um site na darkweb, chamado “Baby Heart”, onde publicava fotografias e vídeos dos abusos sexuais aos primos e sobrinhos.

O MP entendia que os crimes teriam decorrido com o conhecimento dos pais do homem e de duas primas, que também eram arguidos no processo, mas que foram absolvidos de todos os crimes de que estavam acusados.

Um sexto arguido, um informático do concelho de Sintra, foi também condenado a 25 anos de prisão, por 14 crimes de abuso sexual de crianças e um de pornografia de menores, a par de outros ilícitos. Michael Appleton estava acusado de 623 crimes de abuso sexual de crianças e outros tantos de pornografia de menores — 548 dos quais cometidos sobre o enteado de 5 anos e 75 sobre a filha bebé, ainda com meses.

Nas alegações finais do julgamento, que começou em 20 de maio deste ano e decorreu à porta fechada, a procuradora do MP pediu pena máxima (25 anos de cadeia) para o principal arguido e para o informático, além da condenação dos restantes quatro.

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