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Melhorar a gestão em saúde? A formação é o caminho

Este artigo tem mais de 4 anos

A saúde é a grande preocupação de todos, razão mais do que suficiente para que a boa gestão do setor seja vista como crucial. Apostar em formação de excelência é determinante para mais e melhor saúde.

Se há uma necessidade prioritária comum a todos os seres humanos, seja qual for a cultura ou latitude geográfica, é a de mais e melhor saúde. Mas para que esse objetivo seja alcançado, é cada vez mais importante uma boa gestão dos recursos disponíveis, o que assume contornos progressivamente mais desafiantes. Isto porque o desenvolvimento tecnológico é crescente e a inovação terapêutica uma realidade diária, o que se por um lado permite a concretização do objetivo coletivo de dar resposta aos problemas de saúde, também vem aumentar a pressão financeira. Some-se a isto o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento da população e as inevitáveis questões associadas – por exemplo, o aumento do número de pessoas com cancro ou outras doenças crónicas –, e facilmente se percebe que a tarefa de gerir serviços ou unidades de saúde é de extrema complexidade. Até porque os recursos são finitos.

Qual é a esperança média de vida à nascença em Portugal?

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2017: 80,8 anos

Homens: 77,8 anos

Mulheres: 83,4 anos

Fonte: INE, PORDATA

Um milhão de portugueses tem mais de 75 anos

Fonte: INE

Saúde: preocupação nacional

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para corresponder às expectativas das populações é essencial garantir a cobertura universal no que diz respeitos aos cuidados de saúde, apostando na promoção, proteção e recuperação da saúde. As despesas associadas ao cumprimento deste desígnio são elevadas, e, em Portugal, correspondem a cerca de 9% do PIB. Aliás, se analisarmos os valores gastos pelo Estado português em percentagem do PIB em diversas áreas, verificamos que os 4,4% despendidos na saúde em 2018 só foram ultrapassados pelos 6,6% destinados a ação e segurança sociais, o que revela a importância da saúde enquanto questão interna fundamental e uma preocupação nacional.

Gastos da saúde em Portugal

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Quanto se gasta, em percentagem do PIB, no funcionamento da saúde

2018 – 9%

Quanto gasta, em percentagem do PIB, o Estado em saúde?

2018 – 4,4%

Fonte: INE, PORDATA

Séculos de gestão de saúde

A relevância da gestão de saúde é enorme e dela depende a boa utilização dos recursos disponíveis, a correta avaliação nas tomadas de decisão e o manejo adequado de todas as ferramentas hoje disponíveis para a concretização das tarefas que lhe são inerentes. Mas esta não é uma área que apenas se tenha desenvolvido recentemente, bem pelo contrário. Por exemplo, no nosso país, a alusão à função de administrador hospitalar aparece pela primeira vez em 1504 no “Regimento” do Hospital Real de Todos-os-Santos, sendo aquele profissional na altura designado como provedor. Este “Regimento” era o documento que regulava todo o funcionamento do importante hospital localizado na Baixa lisboeta, fixava o corpo de funcionários e a sua orgânica interna, tendo sido assinado por D. Manuel I.

Entre finais do século XVIII e inícios do século XIX, coube sobretudo às Misericórdias a assistência hospitalar, verificando-se um aprimoramento contínuo daquilo que terá sido a génese da gestão hospitalar em Portugal. Mais tarde, já no século XX, foram publicados diversos diplomas legais que deram origem a importantes reformas na saúde, de que resultou necessariamente uma reorganização do setor e a consequente relevância da administração hospitalar. É disso exemplo a Reforma da Organização Superior dos Serviços de Saúde, Higiene e Beneficência Pública, denominada Reforma Ricardo Jorge, regulamentada em 1901, ou, mais tarde, a criação do Serviço Nacional de Saúde, em 1979.

Importância da formação

Ao longo dos anos, tem vindo a afirmar-se a crescente necessidade de aprofundar os conhecimentos na área da gestão em saúde, desde logo porque esta constitui uma peça fundamental no controlo orçamental, na qualidade da prestação dos cuidados de saúde, nas estratégias utilizadas para a gestão e motivação de equipas, bem como nas decisões operacionais de funcionamento. Constituindo a saúde uma área muito específica e complexa por envolver pessoas em estado de maior vulnerabilidade, a gestão praticada neste setor deve ter em conta dimensões concretas e que não são coincidentes com a gestão doutras áreas. Daí a necessidade de formação adequada, desenhada a pensar em todas questões com que se depara diariamente um gestor da saúde. Esta é precisamente uma das principais mais-valias da pós-graduação em Gestão para Profissionais da Saúde, do INDEG-ISCTE.

Soluções práticas no mundo real

Quem trabalha em organizações de saúde lida diariamente com novas exigências profissionais, tendo em conta as mudanças sociais, tecnológicas e organizacionais verificadas. Líderes e gestores destas organizações – sejam do setor público, privado ou social – assumem crescentes responsabilidades na gestão e qualidade de cuidados e serviços prestados aos cidadãos, e consequentemente sentem necessidade de formação de elevado nível, direcionada e aplicada à realidade. Estas foram algumas das premissas seguidas pelo INDEG-ISCTE no desenho desta pós-formação, cuja primeira edição irá arrancar já em janeiro [ver caixa Candidaturas à pós-graduação], contando com um corpo docente de excelência nesta área, de reconhecido prestígio académico, com experiência consolidada na formação de executivos e capaz de garantir a ligação permanente ao mundo concreto, através do estudo de casos reais, nacionais e internacionais. A direção da formação está a cargo de Generosa do Nascimento, professora auxiliar do Departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional do ISCTE-IUL.

Porquê esta pós-graduação?

São muitas as razões que pesam a favor da escolha da pós-graduação em Gestão para Profissionais da Saúde do INDEG-ISCTE. Desde logo, destaque-se que esta foi a primeira escola de negócios de formação de executivos a surgir em Portugal, associada a uma universidade, em 1988. Através de uma ampla experiência acumulada em formação pós-graduada, o INDEG-ISCTE criou um programa que:

  • Cumpre os requisitos exigidos para a acreditação da competência avançada em gestão exigida pelas ordens de alguns grupos profissionais de saúde;
  • Aposta no desenvolvimento pessoal contínuo, reflexivo e autodirigido do aluno, elevando as suas competências para o desempenho de funções nos três níveis de gestão: estratégico, intermédio e operacional;
  • Integra as diversas áreas do domínio da gestão e da assessoria/consultoria;
  • Foi desenhado para as necessidades reais dos profissionais de saúde que pretendem adquirir competências de gestão específicas na sua área;
  • Aposta na aprendizagem intensiva com uma equipa multi e interdisciplinar;
  • Inclui conferencistas de reconhecido mérito em todas as unidades curriculares;
  • Corresponde à generalidade da oferta de programas internacionais neste domínio.

Como se estrutura o programa de Gestão para Profissionais da Saúde?

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Unidades curriculares obrigatórias:

  • Gestão de Unidades de Saúde
  • Política e Economia em Saúde
  • Gestão Estratégica de Pessoas e Inovação
  • Estatística Aplicada
  • Sistemas Logísticos nas Organizações de Saúde
  • Governança Clínica
  • Gestão da Qualidade em Saúde
  • Inovação em Tecnologias de Saúde
  • Financiamento de Projetos

Unidades curriculares optativas (escolha de duas): Saúde e Comunicação em Rede; Controlo de Gestão; Ética, Deontologia e Direito em Saúde; Epidemiologia; Stress, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e Turismo em Saúde.

A quem se destina?

A pós-graduação em Gestão para Profissionais da Saúde do INDEG-ISCTE destina-se especialmente aos profissionais de saúde que exercem ou pretendem vir a exercer funções de gestão e de liderança, servindo também o propósito daqueles que procuram o reconhecimento da competência avançada em gestão pelas ordens profissionais correspondentes. Por outro lado, esta formação destina-se aos gestores já em exercício de função que procuram aprofundar conhecimentos na área da gestão de serviços de saúde, destinando-se ainda a diplomados noutras áreas que procurem complementar a formação académica com conhecimentos sólidos na gestão de serviços de saúde.

Candidaturas a decorrer

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As candidaturas à pós-graduação em Gestão para Profissionais de Saúde do INDEG-ISCTE estão a decorrer neste momento, bastando preencher o formulário online. As aulas decorrerão entre janeiro e junho de 2020, com duração total de 140 horas. A formação acontece em horário pós-laboral, às sextas-feiras entre as 18h30 e as 22h30, e aos sábados, entre as 9 e as 13 horas.

Entre os muitos profissionais de saúde que poderão beneficiar com esta pós-graduação estão os psicólogos, que devido à natureza das suas funções trabalham com frequência integrados em instituições, sejam do setor público, privado ou social. Como tal, através de formação específica, poderão aprofundar a sua preparação para melhor administrar organismos, liderar equipas, promover a gestão da qualidade em saúde e gerir recursos humanos na otimização dos procedimentos e serviços, integrando os seus conhecimentos de prevenção ou deteção precoce de absentismo por doença ou burnout. Além disso, os que trabalham por conta própria podem, através desta formação, adquirir competências de gestão de clínicas e espaços de prestação de serviços. Por seu turno, os profissionais especializados em Psicologia Organizacional têm assim oportunidade de aprofundar competências sobre temas de gestão, economia e política de saúde.

A enfermagem é outra profissão da saúde que encontra diversas vantagens na frequência desta pós-graduação, desde logo porque frequentemente estes profissionais assumem cargos de gestão nas instituições onde trabalham. Desta forma, e tendo em conta que nem todos os cursos de enfermagem desenvolvem esta área com a amplitude e o rigor que o exercício da função exige, na pós-graduação em Gestão para Profissionais da Saúde do INDEG-ISCTE os enfermeiros encontram formação de excelência, intermediada por professores de reconhecido mérito, sobre gestão de unidades de saúde. Ficam assim também mais aptos a pôr em prática uma adequada gestão estratégica de pessoas e equipas e a contribuir para uma melhor gestão da qualidade em saúde da instituição em causa. Entre as mais-valias práticas que esta formação lhes traz está ainda, entre outras, o aprofundamento da utilização de ferramentas indispensáveis à correta análise estatística.

Cada vez com maior visibilidade, também os nutricionistas e dietistas integram o público-alvo desta pós-graduação. Resultado da crescente importância que a sociedade atribui à alimentação e ao impacto que esta tem no ser humano como um todo, estes profissionais têm vindo a integrar diversas equipas de trabalho e instituições, muitas vezes com as valências de gestão associadas. Nesse sentido, são muitas as competências que este grupo profissional encontra nesta formação, nomeadamente, a aquisição ou desenvolvimento de conhecimentos de gestão aplicados à saúde e aprofundamento de competências de coordenação, liderança e motivação de equipas. Outra das áreas aqui desenvolvidas e que para os nutricionistas constitui também uma mais-valia é a gestão da qualidade em saúde.

De igual forma, os farmacêuticos encontram na pós-graduação em Gestão para Profissionais da Saúde do INDEG-ISCTE os conhecimentos em gestão indispensáveis para muitas das funções que acabam por assumir. Os que desenvolvem a sua carreira em farmácias de comunidade veem com frequência necessidade de desenvolver competências de gestão, da mesma forma que os farmacêuticos hospitalares, sobretudo quando assumem (ou pretendem vir a assumir) cargos de direção. Também os profissionais que optam por trabalhar na Indústria Farmacêutica acabam por constituir o público-alvo deste tipo de formação pós-graduada, visando suprir assim as lacunas académicas que sentem.

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