O governo das Baleares aprovou na sexta-feira, 17 de janeiro, uma lei que pretende limitar os excessos do chamado “turismo de bebedeiras”. Desta forma ficam proibidas “excursões etílicas”, happy hours, bares abertos, pub crawls, bem como a publicidade e promoções ao consumo de álcool em estabelecimentos turísticos e a venda de bebidas alcoólicas em lojas entre as 21h30 e as 08h. Os limites dizem respeito a zonas específicas, as mais saturadas de Maiorca e de Ibiza segundo o El País: Magaluf, El Arenal e West End de Sant Antoni. As multas vão dos 1.000 aos 600 mil euros.

No Twitter, o governo das Baleares publicou um pequeno vídeo onde anuncia as medidas tomadas na sexta-feira com a seguinte justificação: “Um turismo pouco cívico faz mal e prejudica todas as pessoas”. Esta é a forma encontrada para lidar com um turismo que durante anos tem sido conotado com consumo de álcool e que é motivo de queixas entre os locais. Segundo uma nota oficial citada pelo El País, esta é a primeira norma da Europa que restringe a promoção e a venda de álcool em determinadas zonas turísticas.

As regras em questão entram em vigor na próxima semana, assim que forem publicadas em boletim oficial. Aos limites já referidos acrescentam-se outros, incluindo a suspensão da concessão de novas licenças para os designados “party boats“, bem como a possibilidade de encerrar negócios por um período máximo de três anos. Também o “balconing” vai ser ilegal — o termo inglês diz respeito à prática de passar de um balcão para outro ou atirar-se de um balcão para uma piscina (os hotéis serão obrigados a expulsar as pessoas que o fizerem).

As medidas englobam algumas exceções, como casamentos, batizados, comunhões e convenções de âmbito profissional, as quais poderão ser realizadas em hotéis a restaurantes. O impacto no turismo pode ser real, sobretudo sendo esta uma atividade capaz de trazer às Baleares mais de 13 milhões de turistas estrangeiros por ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR