O candidato à liderança da JSD, Alexandre Poço, ainda não tem uma posição pessoal sobre a eutanásia, alertando que este é  um “tema muito complexo e não deve ser abordado de uma forma ligeira”. Na ‘mini’ entrevista ao Observador — minutos depois do Congresso aprovar uma moção temática que propõe o referendo — Alexandre Poço discordou que o referendo seja necessário para validar uma decisão nesta matéria: “Estamos num Parlamento recentemente eleito, no qual os seus partidos políticos apresentaram nos seus programas essa proposta. Não se pode dizer que não esteja legitimado. Se quisermos levar à consulta popular não me oponho, agora não podemos dizer que o Parlamento não tem condições para tomar uma decisão“.

Alexandre Poço — que é candidato à liderança da JSD — não acredita numa transposição da disputa no PSD para a JSD e alerta que “o Congresso da JSD não é a terceira volta das diretas do PSD“, já que a JSD “dará provas” que é “uma estrutura livre.”

O candidato não gostou de ouvir a adversária, Sofia Matos, dizer que quer evitar que a JSD seja “um trampolim, no qual conta mais o calculismo, o conta quilómetros ou o jogo de influência que os padrinhos fazem”. Alexandre Poço recusou-se a “falar de padrinhos“, já que não quer “fazer desta campanha algo que as pessoas olhem e digam: lá estão os garotos da JSD, lá estão os miúdos da JSD a procurar disputar quem consegue ter poder”.

Ainda na resposta a Sofia Matos, Poço diz ser contra “discursos que não dignificam a JSD, que procuram lançar um anátema, desqualificar o debate, colocando o mérito dos outros em causa, coisa que nunca farei. Não coloco o mérito dela em causa”.

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