O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que lutar pela paz “é a corrida de todos os dias”, uma vez que sem paz não se consegue atingir nada no mundo.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta segunda-feira, no Palácio de Belém, em Lisboa, a cerimónia oficial de partida da rota europeia “Peace Run” 2020, que se vai traduzir em “sete meses a correr pela paz” num “evento humanitário de dimensão mundial que procura promover a amizade e a compreensão internacionais”.

No discurso, feito praticamente todo em inglês, o chefe de Estado defendeu que é preciso “construir paz todos os dias”, considerando que isto significa “construir pontes, aceitar diferenças, aceitar o outro, ser tolerante, aceitar outras ideias sobre o mundo, sobre o sociedade, outros princípios e valores”.

“Lutar pela paz não é apenas uma corrida, é a corrida de todos os dias”, defendeu, acrescentando que olhando para o mundo se vê tudo menos paz.

Esta corrida, que se iniciou no Palácio de Belém, irá, na perspetiva do Presidente da República, chamar a atenção para a necessidade de “viver em paz porque paz é liberdade, desenvolvimento sustentável, igualdade, justiça social” e sem paz não se consegue “atingir nada no mundo”.

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A paz é o início e o fim de tudo”, disse.

Depois de acender a tocha e de acompanhar os primeiros metros da corrida, até ao Largo dos Jerónimos, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre dois temas em relação aos quais já tinha falado durante a sua visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB).

Questionado sobre o anúncio de renúncia ao cargo do presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Orlando Nascimento, o Presidente da República reiterou que guardou “a reação para amanhã [terça-feira] depois da pronúncia do Conselho Superior da Magistratura”.

“Tudo o que entretanto aconteceu ou acontecer eu comento amanhã. Eu não quero antecipar-me àquilo que é a decisão do órgão máximo de gestão da magistratura judicial por uma questão de respeito da separação de poderes, mas imediatamente a seguir a essa reunião eu ao fim da tarde terei uma reação”, garantiu.

Já em relação ao novo coronavírus e ao comportamento durante os atos públicos, Marcelo Rebelo de Sousa disse que manteve “os afetos”.

“O que acontece é que este ano no SISAB havia muitos expositores, embora para já menos visitantes, mas estavam a chegar e como houve o relacionamento normal e as pessoas queriam falar, eu não deixei de falar. Não vi razão neste momento para haver alteração do meu comportamento. Se houver uma razão no futuro, mudarei. Neste momento não há”, garantiu.