A Câmara Municipal do Porto desenvolveu, juntamente com uma empresa local, um projeto para produzir máscaras cirúrgicas de proteção individual para os funcionários municipais que contactam com o público. Em comunicado na sua página, a autarquia refere que a produção será iniciada “imediatamente” e que as máscaras “poderão também vir a ser distribuídas pela autarquia à rede social, corporações de bombeiros voluntários e às empresas de transporte, como STCP”.

Tudo começou quando um empresário de Campanhã entrou em contacto com o gabinete de Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, e disponibilizou-se para ajudar, de qualquer forma, no combate ao novo coronavírus. “Contactado pelo gabinete da presidência, acabou a conversa por conduzir à ideia de produzir material de proteção”, refere a autarquia.

Um dia depois desta conversa, o empresário conseguiu a matéria-prima necessária e disponibilizou-se para parar a produção da sua empresa, que incidia sobretudo na indústria hoteleira, e reconverteu a sua unidade produtiva numa linha de produção de máscaras, contando com cerca de 20 funcionários.

A autarquia refere que ainda não se sabe quantas máscaras serão possíveis produzir, mas que se calcula que “possa produzir o suficiente para alimentar as necessidades básicas dos operacionais do Município e ainda ceder equipamentos a outras instituições”, sendo que a Câmara Municipal do Porto assegura os custos inerentes à operação. Está também a ser analisada a possibilidade de produzir máscaras para os hospitais, caso seja necessário.

Desta forma, a Câmara do Porto evita pagar preços especulativos (que já se praticam no mercado em materiais importados) e espera poder ajudar a proteger também os muitos voluntários que em instituições de solidariedade ou bombeiros voluntários estão nesta altura a ficar expostos à doença. É também uma forma de manter uma unidade fabril da área do Porto em funcionamento e a economia a funcionar, substituindo importação por produção nacional”, refere a Câmara Municipal do Porto na sua página.

O facto da fábrica deste empresário ser em Campanhã permite que o tempo e os custos de transporte dos materiais sejam menores e também a entrega diária deste material para satisfazer as necessidades do município.

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