A PSA está a providenciar o reinício da produção nas fábricas que encerrou na Europa, devido à pandemia do coronavírus, mas os sindicatos franceses opõem-se à decisão, que qualificam de “prematura”, conforme avança a Automotive News.

Ao anunciar a suspensão da produção, a 16 de Março, a PSA informou que a actividade seria retomada a 27 de Março. Sucede que França prolongou o estado de emergência sanitária que implica o confinamento obrigatório até ao próximo dia 15 de Abril e é essa a principal razão que leva os sindicatos a contestarem as movimentações da PSA. O construtor pretende reiniciar a produção de caixas de velocidades na fábrica de Valenciennes já na próxima segunda-feira, 30 de Março, para de seguida reactivar a produção de motores em Douvrin.

O plano do conglomerado liderado pelo português Carlos Tavares passa pelo recurso a trabalhadores voluntários, aos quais a PSA assegura as necessárias precauções, em termos de saúde e de segurança. Medir a temperatura, fornecer máscaras e garantir o devido distanciamento entre postos de trabalho são algumas das medidas previstas para uma retoma “gradual e segura” da produção, informou o grupo em nota de imprensa.

Ainda segundo a PSA, para evitar o contágio pelo novo coronavírus, as ferramentas e as bancadas de trabalho serão desinfectadas de hora a hora e nenhum funcionário poderá manusear algo em que outro colega esteve a trabalhar antes de passarem três horas. Todas as portas, à excepção das corta-fogo, permanecerão abertas para evitar que a manipulação das maçanetas possa constituir uma forma de propagação do vírus.

“Não colocaremos em causa a saúde de nossos trabalhadores, para que o reinício da produção, que é necessário para salvaguardar o futuro da empresa, possa fazer-se em óptimas condições”, afirmou Carlos Tavares, em comunicado.

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