A rede social Facebook anunciou esta terça-feira a ativação de um serviço de entreajuda, batizada de ‘Comunidade de Ajuda’, no seu Centro de informação sobre a Covid-19, onde os utilizadores podem informar-se sobre a pandemia, ou pedir ajuda.
Nesta secção podemos já encontrar solicitações e propostas ligadas à crise sanitária e económica.
Existem utilizadores particulares que se oferecem para fazer compras para as pessoas mais vulneráveis e que preferem não sair de casa, e associações que procuram voluntários para ajuda nas refeições aos sem-abrigo.
O objetivo passa por facilitar a troca de contactos e ações num raio de 80 a 100 quilómetros. Os utilizadores podem definir o raio de ação.
Para além deste suporte, poderão também fazerem-se doações a instituições locais ou internacionais, como por exemplo a fundação das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde. Neste campo, o Facebook prometeu já uma ajuda de 20 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros).
“Estamos a trabalhar há duas semanas nesta funcionalidade”, afirmou esta terça-feira Fidji Simo, responsável pela aplicação, à agência de notícias France Press (AFP).
Neste momento, quase metade da população mundial é convidada a ficar em casa com o intuito de travar a propagação da Covid-19, sendo que o volume de utilização das plataformas de chamadas de áudio e vídeo via ‘WhatsApp’ e ‘Messenger’ aumentou exponencialmente.
Este gigante da tecnologia encontra-se assim no centro da crise, com a responsabilidade de assegurar aos utilizadores as funcionalidades habituais e suplementares, lutando sempre contra a desinformação, apesar das limitações, uma vez que os seus colaboradores estão em teletrabalho e as receita publicitárias estão em queda.
Esta ‘Comunidade de Ajuda’ vai ser disponibilizada nos próximos dias aos residentes nos Estados Unidos da América e nas próximas semanas a todos os países.
Já em 2016 tinha sido lançada para responder às necessidades face a algumas catástrofes naturais, como os incêndios na Austrália.
O ‘Centro de Informações Covid-19’ do Facebook foi implantado em cerca de 30 países.
“Nesta fase, conectamos mais de mil milhões de pessoas com recurso das autoridades de saúde por meio do nosso Centro de Informações e janelas ‘pop-up’ educacionais no Facebook e Instagram”, disse a rede social, sustentando que mais de 100 milhões dessas pessoas clicaram nos ‘links’ para obter mais informação.