O estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, registou, nas últimas 24 horas, 777 mortes de pessoas infetadas pela covid-19, menos 22 do que no dia anterior, de acordo com o governador, Andrew Cuomo. O número anunciado aumenta para 7.844 as mortes na região provocadas pelo novo coronavírus.
Andrew Cuomo diz que o que está a acontecer “não é fácil de aceitar” e adianta que grande parte das pessoas internadas, a necessitar de ventiladores durante as últimas semanas, não estão a sobreviver. Nas últimas 24 horas, segundo o governador do estado de Nova Iorque, entraram 4.908 infetados nos cuidados intensivos, enquanto no dia anterior esse número era de 4.925 pacientes.
Sexta-feira, as autoridades confirmaram estarem a ser enterrados cadáveres numa vala comum na ilha de Hart, a noroeste da cidade, devido ao aumento significativo de mortes. A zona era utilizada para sepultar corpos não reclamados nas morgues entre 30 a 60 dias, mas, devido à pandemia, e à necessidade de espaço para receber mais mortos, passaram a ser transferidos para a ilha de Hart cadáveres de infetados.
É provável que pessoas que tenham morrido [de coronavírus] sejam enterradas na ilha nos próximos dias”, admitiu Freddi Goldstein, assessor de imprensa do município de Nova Iorque, declarações proferidas quando surgiram imagens de vários caixões depositados numa vala comum.
Este responsável explicou que, em circunstâncias normais, um corpo por identificar ou por reclamar pode ficar na morgue entre um a dois meses, mas acrescentou que a média de funerais na ilha de Hart é de 25 por semana, quando agora, desde se começaram a notar os efeitos letais da pandemia, são sepultados no local 25 pessoas por dia.
O governador de Nova Iorque receia o perigo de uma segunda vaga da covid-19 e entende antes de os cidadãos poderem voltar normalmente ao trabalho, deverão ser realizados milhões de testes, para detetar a presença de anticorpos. Nova Iorque regista neste momento mais casos de infetados, 160 mil, do que qualquer país. Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de casos, com mais de 460 mil infetados.