A GNR identificou os dois alegados promotores do “beijar da cruz” que no domingo ocorreu na via pública em Martim, Barcelos, disse esta segunda-feira fonte daquela força à Lusa. Segundo a fonte, foram identificados uma mulher que segurava a cruz e a dava a beijar e um homem que terá colaborado na iniciativa.

De acordo com a fonte da GNR, em causa poderão estar os crimes de desobediência e/ou de propagação de doença contagiosa. Os factos serão agora remetidos a tribunal.

O caso foi filmado e divulgado nas redes sociais. Uma mulher estava na rua com uma cruz na mão e, segundo se pode ver nas imagens, foram mais de 10 as pessoas que foram beijar a cruz, incluindo um casal com uma criança ao colo. Após cada beijo, a mulher passava um pano na cruz.

A junta de freguesia de Martim, entretanto, veio condenar “veementemente” o episódio registado no domingo na freguesia. Em comunicado, a Junta refere que se tratou de “um ato isolado numa rua sem saída” e sublinha que “os martinenses não se identificam com aquele ato condenável e muito grave”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A paróquia de Martim e os dois casais mordomos deste ano nada têm a ver com este episódio lamentável”, acrescenta.

No comunicado, a Junta de Martim confirma que as autoridades sanitárias e de segurança “já estão a tratar devidamente do assunto”. “Os martinenses têm sido exemplares, como sempre o foram, e vão continuar a cumprir rigorosamente todas as recomendações das autoridades competentes”, lê-se ainda no comunicado.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.

O boletim epidemiológico divulgado esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde indica que Portugal regista 535 mortos associados à Covid-19, mais 31 do que no domingo, e 16.934 infetados (mais 349).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.