“Além dos jogadores da equipa principal, trabalharam na Academia Sporting os jovens Nuno Mendes, Joelson Fernandes, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Matheus Nunes e Tiago Tomás”, detalhava esta segunda-feira a informação oficial dos leões a propósito do regresso aos treinos, onde “todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde foram, obrigatoriamente, cumpridas e até aumentadas”. Por exemplo, nenhum jogador esteve a menos de dez metros de outro e todos chegaram equipados de casa (ontem com roupa casual, a partir de agora todos com o equipamento oficial), não utilizando os balneários e demais facilidades das infraestruturas além dos relvados. No entanto, o grupo já não estava completo: Jesé Rodríguez e Bolasie não irão regressar ao clube.
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Por se tratarem de jogadores emprestados até ao final da época e com os quais Rúben Amorim não conta para a nova temporada de 2020/21 (apesar de terem ambos cláusulas de opção), o Sporting falou com atletas, clubes de origem e representantes para “acelerar” a dispensa do vínculo que terminava a 30 de junho. “A decisão foi colegial, unânime e assinámos o acordo com todos os jogadores cujo o passe é detido pelo Sporting”, referiu na semana passada à SportTV Francisco Salgado Zenha, administrador da SAD, a propósito do corte de 40% no salário do plantel principal nos próximos três meses (20% quando voltar a Liga), já deixando antever este cenário tendo em conta que o espanhol e o congolês eram os únicos elementos que os leões não detinham o passe.
Os dois avançados tinham chegado no último dia do mercado de verão a Alvalade, a par de Fernando que também foi entretanto “devolvido” ao Shakhtar Donetsk sem que se tivesse sequer estreado na equipa principal. Nem um nem outro se conseguiram afirmar na equipa que teve quatro treinadores (Marcel Keizer, Leonel Pontes, Silas e agora Rúben Amorim) e não justificaram nem a aposta nem o investimento feito pelos responsáveis leoninos.
“O Jesé estava identificado há muito tempo pela sua qualidade. Finalmente, encontra-se comprometido com a sua profissão. Se gostaria de ter o Jesé de há três anos? Não. E disse isto ao jogador. Esta administração foi atrás de Jesé porque vimos o que fez no ano passado e porque recolhemos informações de quem trabalha diariamente com ele diariamente. Para os cientistas do futebol, é um avançado que não é igual a Bas Dost nem Luiz Phellype mas sim um avançado mais móvel, que nos dá outras valias e forma de jogar”, tinha destacado Frederico Varandas, líder do clube verde e branco, numa entrevista à Sporting TV no início de setembro, após o fecho do mercado.
Ao todo, o jogador formado no Real Madrid e que esteve emprestado pelo PSG a Las Palmas, Stoke City e Betis antes de chegar ao Sporting fez um total de apenas 17 jogos entre Primeira Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa, num total de 748 minutos onde marcou apenas um golo, em Alvalade, na vitória por 3-1 dos leões frente ao V. Guimarães a contar para o Campeonato. Ou seja, tendo em conta que os verde e brancos acordaram com o campeão francês pagar dois milhões de euros pelo “bolo” de empréstimo e ordenados por uma época (sendo que Jesé recebe seis milhões brutos em Paris por temporada), cada minuto ficou por 2.674 euros.
Já Bolasie, internacional que estava emprestado pelo Everton, teve uma maior utilização por parte dos leões, com um total de 1.844 minutos feitos em 25 jogos em quatro competições distintas, tendo marcado três golos.