Portugal tem 21.982 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quarta-feira, dia 22 de abril. Houve um aumento de 603 casos, num acréscimo percentual de 2,8%, mais 0,3% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 762 para 785, mais 23, com especial incidência no Norte, o que fez subir ligeiramente a taxa de mortalidade para 3,57% (3,56% na véspera) e confirmou-se ainda algo que se tinha verificado pela primeira vez esta terça-feira: o número de casos recuperados ultrapassou o número de óbitos, numa diferença ainda mais acentuada hoje depois da subida de mais 225 casos recuperados (aumento de 24,5%, depois dos 50,3% da véspera, num total de 1.143).
Boletim DGS. Casos recuperados aumentam 50,3% e passam a superar número de mortes em Portugal
Em paralelo, entre confirmações de tendências da semana como o maior número de novos casos na região Norte, o decréscimo ligeiro dos casos internados e em Unidades de Cuidados Intensivos ou o quarto dia consecutivo sem registo de casos importados, nota para dois pontos em específico no Boletim: todas as 23 mortes verificaram-se em pessoas acima dos 70 anos mas, por outro lado, a percentagem de novos casos nessa faixa foi de apenas 14,4%, depois dos mais de 40% na véspera. Em contraponto, ainda entre os novos casos, a percentagem abaixo dos 50 anos foi de 58,5%, quase do dobro do que se tinha verificado por exemplo esta terça-feira (30,8%).
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A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta quarta-feira, dia 22 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Casos recuperados voltam a subir 24,5%. Portugal tem 21.982 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quarta-feira, dia 22 de abril. Houve um aumento de 603 casos, num acréscimo percentual de 2,8%, mais 0,3% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 762 para 785, mais 23, com especial incidência no Norte, o que fez subir ligeiramente a taxa de mortalidade para 3,57% (3,56% na véspera). O número de casos recuperados subiu para 1.143, mais 225 do que ontem (aumento de 24,5%, depois da subida recorde de 50,3% esta terça-feira).
Caracterização dos óbitos
Todas as vítimas acima dos 70 anos. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (todas as 23 mortes neste Boletim), que representam 87,8% das 785 mortes por Covid-19 no país (528 acima dos 80 anos, 161 entre os 70 e os 79 anos). Das 23 mortes nas últimas 24 horas, 21 registaram-se em pessoas acima dos 80 anos. A nível de regiões, o Norte continua a ser a que conta com mais óbitos, tendo nas últimas 24 horas um total de 13 mortes num total de 454. Registaram-se mais quatro vítimas na região Centro, que na terça-feira não teve qualquer óbito (total de 175), e mais cinco na região de Lisboa e Vale do Tejo, num total de 138. Foi também confirmada a primeira vítima de Covid-19 no Alentejo, em Beja, que já tinha sido anunciada pelas autoridades locais.
Caracterização do número de casos por região
Madeira sem novos casos após duas grandes subidas. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos confirmando a tendência das últimas duas semanas, mais do dobro das restantes regiões do país: 344, num acrescento de 2,7% para um total de 13.150. Registaram-se também mais 197 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 4%, a maior do dia neste parâmetro, num total de 5.093) e apenas mais 54 no Centro (aumento de 1,8%, num total de 3.053). Nas restantes subidas (todas elas residuais), há mais três casos no Sul (1%, num total de 316), mais três no Alentejo (1,7%, num total de 176) e mais dois nos Açores (1,9%, num total de 109). Depois de dois dias com subidas superiores ao habitual, a Madeira mantém os 85 casos.
Número de países e casos importados
Quarto dia consecutivo sem registo de casos importados. À semelhança do que se tinha passado de domingo a terça-feira, e depois de uma semana com crescimento mais ténue neste parâmetro (28 novos casos importados entre os dias 13 e 19), o Boletim de hoje não apresenta pelo quarto dia consecutivo qualquer variação a nível de número de casos importados nem países de importação, mantendo-se assim os 735 casos de 48 países. Espanha (171), França (130), Reino Unido (82), Emirados Árabes Unidos (46) e Suíça (45) são os cinco países com maior registo de casos importados.
Número de casos por grupo etário
Apenas 14,4% de novos casos acima dos 70 anos. Ao contrário do que se tinha passado na segunda-feira, a faixa entre os 50 e os 59 anos volta a ser aquela que tem o maior número de casos ativos de Covid-19, de acordo com o Boletim de hoje: mais 99 casos, num total de 3.769, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 121 casos, num total de 3.741. Ainda assim, a grande variação do dia acabou por ser a percentagem mais baixa dos novos casos acima dos 70 anos, que foi nas últimas 24 horas de apenas 14,4% (menos 27,3% do que na véspera), entre a faixa dos 70 aos 79 anos (mais 56, num total de 1.961) e acima dos 80 anos (mais 31, num total de 3.350). Num dado novo em relação aos últimos relatórios, 58,5% dos novos casos registaram-se em pessoas abaixo dos 50 anos, com especial incidência na faixa entre os 40 e os 49 anos (121) – na véspera tinha sido apenas de 30,8%.
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Menos 26 casos internados e menos seis em UCI. Depois de duas variações pontuais na semana passada que contrariam uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos dias, continua a haver uma estabilização dos valores de casos internados e em UCI, mais uma vez até com pequenos decréscimos em ambos os parâmetros: registam-se menos 26 casos internados nas últimas 24 horas (descida de 2,2%, num total de 1.146) e menos seis casos em Unidades de Cuidados Intensivos (descida de 2,8%, num total de 207).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Menos 35,7% a aguardar resultados. Depois das subidas sem precedentes nos boletins de domingo e segunda-feira, em que houve acréscimos na ordem dos 35 mil casos entre suspeitos e não confirmados, o Boletim de hoje volta a ter alguns valores mais elevados nestes parâmetros gerais: o número de casos suspeitos teve um aumento de 3,7% (mais 7.533, num total de 210.302) e o número de casos não confirmados subiu 4,9% (mais 8.720, num total de 185.101). O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde permanece nos 30.646 e houve ainda uma queda de 35,7% no número de casos a aguardar resultados (menos 1.790, num total de 3.219).
Caracterização dos casos por género
59,3% dos casos registam-se entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: a percentagem de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual, com mais 195 mulheres do que homens infetados apenas em relação a este novo Boletim num total de mais 4.076 casos positivos em mulheres (num total de 13.029 casos, 59,3% dos 21.982 em Portugal, mais 0,2% do que na véspera).
Número de casos por concelho
Lisboa continua a ser o concelho com mais casos. O Porto, que tinha deixado de ser o concelho com mais casos positivos confirmados de Covid-19, foi aquele que mais subiu de acordo com o Boletim da DGS desta quarta-feira: mais 31 casos, num total de 1.102. Lisboa, o concelho do país com mais infetados, registou mais 24 casos, num total de 31. De resto, todas as subidas em concelhos com 200 ou mais casos não passaram dos quatro (Aveiro, que tem um total de 240) e Vila Nova de Gaia, que teve alguns dos maiores aumentos diários nas duas últimas semanas, mantém os 1.066 casos.
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas apontados. Os sintomas apresentados esta quarta-feira entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 82% desses casos, a mesma percentagem que ontem como é referido) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos dias, sendo que em comparação com o último Boletim não houve mesmo qualquer variação: há uma preponderância maior de tosse (52%) e febre (37%), seguidas de dores musculares (27%) e cefaleia (25%. Fraqueza generalizada (20%) e dificuldades respiratórias (15%) são os sintomas com menor taxa de incidência.